11 anos depois
No primeiro dia de júri, réus negam envolvimento em morte de idosa em Porto Alegre
Porteiro, auxiliar de serviços e doméstica são réus pela morte de Ilza Lima Duarte, ocorrida em fevereiro de 2008, no centro da Capital
Em interrogatório no Tribunal do Júri, os três réus acusados pela morte de Ilza Lima Duarte, 77 anos, em fevereiro de 2008, no centro de Porto Alegre, negaram o envolvimento no crime. A sessão começou na manhã desta quinta-feira (6). Andreia da Rosa, 40 anos, foi a primeira ré a ser interrogada.
A mulher, que trabalhava como empregada no prédio na época do crime, falou por cerca de duas horas e disse que ela e o marido, Pablo Miguel Scher, localizaram o corpo de Ilza no dia seguinte à morte:
— Eu fui até a entrada do quarto. Ele (marido) entrou primeiro e não me deixou entrar.
Andreia afirmou que não viu o corpo da idosa e que o marido não contou ter visto nenhuma lesão na vítima. Ela negou que tenha recebido qualquer proposta financeira do casal Maria Fernanda Homrich e Roberto Petry Homrich , apontados como mandates do crime, para forjar uma morte natural.
O segundo interrogado foi Scher, que, assim como a esposa, negou a participação no crime. O então auxiliar de serviços gerais do prédio foi quem encontrou a idosa morta.
— Eu só sei o que vi. Entrei no apartamento porque tentei falar com ela e não consegui — disse.
Por fim, o ex-porteiro do edifício Paulo Giovani Lemos da Silva afirmou que ficou sabendo da morte da idosa por meio da polícia.
Ao fim dos depoimentos, começou a fase dos debates, com duas horas e meia para o Ministério Público, mesmo tempo para a defesa, além de réplica e tréplica, caso solicitado pela acusação. A sessão foi suspensa às 22h e será retomada nesta sexta-feira (7) para definição da sentença dos três acusados.