Polícia



Crime sexual em Porto Alegre

Polícia identifica mulher encontrada morta no Túnel da Conceição

Jovem de 19 anos, vítima de violência sexual, havia saído de casa no sábado e contatara a família pela última vez no domingo

12/06/2019 - 21h19min


Itamar Melo
Itamar Melo
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Mateus Bruxel / Agencia RBS
Corpo foi encontrado na terça-feira, junto ao Túnel da Conceição, na Capital

A mulher encontrada morta no Túnel da Conceição, depois de ser vítima de violência sexual, foi identificada pela Polícia Civil como Ohanna Fagundes Dias dos Santos, 19 anos completados em abril.

Na noite de terça-feira (11), a mãe e o padrasto da jovem estiveram na Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) e confirmaram a identificação.

O corpo de Ohanna foi encontrado na manhã de terça-feira, em um vão ao lado do túnel. Estava de vestido, mas com as roupas íntimas abaixadas. Acredita-se que tenha sido morta a pedradas. Uma pedra ensanguentada foi achada nas proximidades.

Ohanna morava com a mãe, com o padrasto e com o filho de três anos no bairro Sarandi, zona norte de Porto Alegre. Segundo depoimento da mãe, ela mudou seu comportamento nos últimos três meses, depois de encerrar o relacionamento com o pai do menino. Começou a ausentar-se de casa, a passar noites fora e a voltar com sinais de abuso de álcool. A mãe suspeitava que estivesse envolvida com prostituição, porque Ohanna costumava voltar para casa com dinheiro.

O local onde o corpo foi localizado é um ponto de consumo de álcool e drogas por parte de prostitutas que atuam nas imediações. As amigas da vítima contaram à polícia que Ohanna era conhecida na região pelo codinome Carina. Apesar do envolvimento com esse grupo, a jovem ainda mantinha o vínculo com parentes e continuava morando com a família.

No sábado, Ohanna saiu de casa com uma mochila, mas sem documentos de identificação, e não voltou. No domingo, fez o último contato com a mãe, por telefone. Depois, não voltou a dar sinal. Preocupada, a mãe vinha buscando informações sobre o paradeiro com amigos de Ohanna. Quando soube que uma mulher havia sido encontrada morta no túnel, foi até a 12ª Delegacia de Polícia, de onde foi encaminhada para a Delegacia da Mulher.

 — Ela não sofria ameaças, era sem inimigos e não tinha antecedentes. Tinha vínculo com a família, que é estruturada, e dava satisfações à mãe — contou a delegada Tatiana Bastos.

Segundo a delegada, Ohanna teria perdido um irmão recentemente. Em seu perfil no Facebook, ela se declarou em luto no final de abril. Em outra postagem recente, escreveu: "Não tente me entender. Tô tentando até hoje e ainda não consegui".


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