Polícia



Região Metropolitana

Detento liberado por ser do grupo de risco da covid-19 é preso por extorsão em Sapucaia do Sul

Suspeito foi detido pela Polícia Civil por exigir valor em dinheiro para não divulgar imagens íntimas de vítima

17/06/2020 - 10h38min


Cid Martins
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Polícia Civil / Divulgação
Polícia apreende roupas usadas pelo criminoso no dia em que foi flagrado em imagens, além de celulares usados nas ameaças

A Polícia Civil prendeu nesta terça-feira (16), em Sapucaia do Sul, dois suspeitos de extorquir uma vítima para que não divulgassem imagens íntimas dela. Um dos criminosos é um detento que foi liberado dia 15 de maio por pertencer ao grupo de risco por contaminação do coronavírus. Um terceiro homem também é investigado e os agentes não descartam que eles tenham aplicado o golpe em mais quatro mulheres da Região Metropolitana.

O caso é investigado pela delegada Luciane Bertoletti, que responde pela delegacia de Esteio. Segundo ela, uma vítima do município procurou a polícia porque o detento, cinco dias depois de obter o benefício devido à situação de pandemia, passou a exigir R$ 20 mil dela. 

Como o dinheiro não foi pago e ela procurou a investigação, o criminoso passou a divulgar fotos e vídeos — inclusive colocando cartazes em pontos comerciais — até ser descoberto e preso. Ele foi flagrado em imagens de câmeras de segurança distribuindo o material para intimidar e constranger a vítima. Um comparsa dele também foi preso e um terceiro homem, suspeito de ter repassado as imagens para os outros dois, é investigado.

Polícia Civil / Divulgação
Ameaças recebidas pela vítima de Esteio

— Os suspeitos escolhem as vítimas, geralmente mulheres divorciadas ou viúvas a partir de 50 anos e com alto poder aquisitivo — explica Luciane.

Nesta terça-feira, 20 agentes cumpriram cinco mandados de busca e um de prisão temporária. O segundo homem foi preso em flagrante. O detento retorna ao regime fechado no sistema prisional. A polícia não descarta que os suspeitos tenham se aproximado de pelo menos mais quatro mulheres da região para depois extorquir exigindo valores. Desde final de março, cerca de 2,2 mil detentos do grupo de risco do coronavírus foram liberados ou encaminhados para prisão domiciliar no Rio Grande do Sul.  

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