Polícia



Em vários Estados

Detento do regime semiaberto é preso em Esteio por aplicar golpe dos nudes em mais de 40 pessoas

Criminoso se passava por uma jovem nas redes sociais. Depois, dizia ser um policial para realizar a extorsão

28/09/2020 - 08h15min


Cid Martins
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Polícia Civil / Divulgação
Polícia Civil apreendeu vários celulares usados pelo golpista, além de cartão bancário e extratos de depósitos bancários

Na manhã deste sábado (26), a Polícia Civil de Esteio divulgou que, na noite de sexta-feira (25), prendeu um detento do regime semiaberto que usava tornozeleira eletrônica por aplicar o golpe dos nudes em mais de 40 pessoas em vários Estados brasileiros. Depois da troca de fotos e vídeos, ele usava os nomes de quatro delegados gaúchos para extorquir as vítimas. Elas foram lesadas em pelo menos R$ 90 mil.

A investigação de dois meses é da delegada Luciane Bertoletti, titular da Delegacia de Esteio. Durante este período, ela descobriu que o criminoso lesou mais de 40 pessoas do Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Goiás, Rio Grande do Norte e Distrito Federal.


— Já apuramos que estas vítimas repassaram mais de R$ 90 mil para o investigado, por meio de depósitos em contas bancárias provavelmente em nome de laranjas, mas esta seria ainda uma pequena parte do que perderam no golpe — afirma Luciane.

Para a polícia, a estimativa é de que se sabe apenas cerca de 10% do que as pessoas repassaram para o golpista. Muitas delas não informam os valores exatos e há ainda outras pessoas que não procuraram a polícia por vergonha.


Golpe dos nudes

Como em outros casos semelhantes, o detento do regime semiaberto, que residia em Esteio, postava nas redes sociais, principalmente no Facebook, fotos e vídeos de uma jovem atraente e passava a trocar mensagens com homens geralmente acima de 40 anos de idade, casados e com situação financeira estável. Depois da troca de nudes, que ocorria posteriormente pelo WhatsApp, ele usava o nome de até quatro delegados gaúchos exigindo dinheiro para não fazer uma denúncia aos familiares sobre as imagens íntimas ou para supostamente não começar uma investigação.

— A principal ameaça que faziam era que, se não depositassem algum valor estipulado, seria feita uma denúncia ou investigação envolvendo caso de pedofilia, já que alegavam o fato da jovem ser uma adolescente — ressalta Luciane.

A delegada destaca ainda que o trabalho policial continua para apurar a participação de mais envolvidos no esquema criminoso, bem como para identificar mais vítimas.


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