Polícia



Caso do Voyage 

Polícia pretende ouvir na próxima semana motorista suspeito de perseguir ciclistas em Porto Alegre

Investigado teve veículo e carteira nacional de habilitação (CNH) apreendidos nesta quarta-feira  

24/09/2020 - 09h57min


Leticia Mendes
Polícia Civil / Divulgação
Policiais estiveram na manhã desta quarta-feira na residência do condutor na Zona Sul e apreenderam carro

Nos próximos dias, a Polícia Civil pretende ouvir o depoimento do suspeito de perseguir ciclistas em Porto Alegre a bordo de um Voyage branco. O investigado, um homem de 44 anos, teve o veículo e a carteira nacional de habilitação (CNH) apreendidos nesta quarta-feira (23). Uma série de casos vem sendo investigada pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), que pretende agora descobrir o que motivou os ataques. 

Durante a manhã, os policiais estiveram na casa do suspeito, no Loteamento Cavalhada, na zona sul da Capital. No local, encontraram estacionado em frente à residência o Voyage branco. O motorista, no entanto, não estava em casa. Segundo o delegado Marco Antonio Duarte de Souza, da Core, no fim da manhã o investigado se apresentou de volta na moradia, na companhia de um advogado.  

— Vamos marcar agora a oitiva dele, será intimado por meio do advogado. Deve ser ouvido nos próximos dias, possivelmente na semana que vem — afirmou o delegado.  

Ao se apresentar aos policiais, o suspeito teve a CNH apreendida – a medida cautelar, determinada pela Justiça a pedido da Core, possui prazo indeterminado. Já o veículo apreendido deverá ser submetido a reconhecimento por parte das vítimas. Conforme o delegado, a polícia espera que o depoimento ajude a esclarecer o que está por trás da motivação dos episódios.  

— Ele mesmo vai poder esclarecer isso, qual era a intenção dele ao fazer isso e o que motivou aquelas ações — explica o policial.  

O condutor poderá ser responsabilizado pelos crimes de trânsito, ameaça, lesão corporal, tentativa de lesão corporal e até mesmo tentativa de homicídio.  Em relação ao pedido de prisão do condutor, que foi negado, segundo o Tribunal de Justiça, os delitos dos quais ele é suspeito não justificariam esse tipo de medida  — o Ministério Público também se manifestou contra a preventiva.  


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