Polícia



Homicídio

"Eu quero saber quem foi", diz mãe de jovem que teve corpo reconhecido por DNA após assassinato em Alvorada

Corpo de Gustavo Marques Cassali, 22 anos, foi enterrado na quinta-feira (12), em Porto Alegre

18/11/2020 - 09h52min


Eduardo Pinzon
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Arquivo pessoal / Divulgação
Gustavo Marques Cassali, 22 anos

O resultado de um exame de DNA feito pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) apontou que o corpo encontrado carbonizado no dia 8 de outubro, dentro do porta-malas de um carro no bairro Sítio dos Açudes, em Alvorada, é de Gustavo Marques Cassali, 22 anos. O jovem, que era morador de Porto Alegre, estava na casa de uma colega de trabalho na noite anterior e havia saído para comprar cigarro. 

— Eu imagino que ele estava no lugar errado, na hora errada. Não temos nenhuma pista que nos leve a outra coisa, mas eu quero saber quem foi. Meu filho não era envolvido com tráfico de drogas — disse a mãe de Gustavo, Fernanda Dias Marques Alves.

Em 7 de outubro, Gustavo desapareceu por volta das 23h50min, na Rua Edison de Oliveira, no bairro Umbu, em Alvorada. O jovem residia com os pais na zona leste de Porto Alegre. 

Segundo a Polícia Civil, ao sair para comprar cigarros num mercado próximo, Gustavo não chegou ao estabelecimento. Na noite do desaparecimento, a polícia recebeu ligações informando sobre um tiroteio na região. O local em que Gustavo foi visto pela última vez não possuía câmeras de segurança. 

Segundo o delegado Edimar Machado Souza, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Alvorada, criminosos costumam desovar corpos no bairro onde o corpo foi encontrado. A Polícia Civil ouviu cerca de 20 pessoas para tentar refazer os passos do jovem, que não possui antecedentes criminais. O titular da investigação, no entanto, ainda não recebeu o exame que atesta a identidade de Gustavo. 

— Independente do laudo, estamos apurando o fato desde o começo. O crime acontece numa região conflagrada pelo tráfico drogas e, provavelmente, pode ter sido confundido com um rival. Sabemos quem é a liderança que comanda o local, mas ainda não chegamos ao responsável pela morte — disse o delegado Edimar Machado Souza, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Alvorada. 

A mãe do jovem forneceu material genético para que o exame de DNA fosse feito. No entanto, devido ao estado em que o corpo foi encontrado, foi entregue aos peritos um raio-x da face e radiografia panorâmica dos dentes. Após a divulgação do resultado, Gustavo foi sepultado no Cemitério Ecumênico João XXIII.


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