Polícia



No bairro Partenon

Decretada prisão de suspeitos de ataque a tiros que matou adolescente e deixou jovem ferido em Porto Alegre

Polícia Civil identificou os dois homens, que estão foragidos, por envolvimento na morte de Raíssa Adriana Tim Farias, 13 anos, ocorrida na semana passada

06/01/2021 - 08h57min


Cid Martins
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Montagem sobre foto: Polícia Civil / Divulgação
Paulo Ricardo Caetano Gurkas Neto, 18 anos (esquerda), e Lucas Lopes Laureano, 19 anos

A pedido da Polícia Civil, foram decretadas as prisões temporárias de dois suspeitos do ataque a tiros ocorrido no dia 28 de dezembro, dentro de uma casa na Rua Paulino Azurenha, bairro Partenon, zona leste de Porto Alegre.

Dois homens foram identificados e são considerados foragidos. Segundo a investigação, há indícios suficientes que comprovariam o envolvimento deles no crime, que causou a morte de Raíssa Adriana Tim Farias, 13 anos, e na tentativa de homicídio de um jovem de 21 anos.

Os suspeitos são Paulo Ricardo Caetano Gurkas Neto, 18 anos, que já foi preso por suspeita de tráfico de drogas, e Lucas Lopes Laureano, 19 anos, com passagens pela polícia desde quando era adolescente por tráfico de drogas (quatro vezes) e um homicídio — que o levou a ter prisão preventiva decretada pela Justiça.

Segundo o delegado Guilherme Gerhardt, titular da 1ª Delegacia de Homicídios da Capital e que investiga o caso, os dois foram detidos juntos, no ano passado, por porte ilegal de armas em Viamão. Ambos, contudo, foram soltos dias depois.

Motivação

O ataque ocorreu na noite da segunda-feira da semana passada. Wellerson Rian Oliveira de Moura, que seria o alvo dos criminosos, levou 16 tiros, e a adolescente, quatro. Raíssa foi baleada quando tentava se esconder dos atiradores, dentro da residência.

A polícia diz que o fato tem relação com o tráfico de drogas, já que Moura também tem antecedentes por este crime. Ele segue hospitalizado.

Gerhardt diz que Moura e os dois investigados eram amigos, mas Gurkas Neto e Laureano teriam sido expulsos por traficantes da Vila Maria da Conceição, em 2017, por desviar dinheiro e não dividir com a facção. Eles teriam se unido a outros criminosos que também foram expulsos anteriormente e que mantêm base na Restinga, na Zona Sul, e em Viamão.

O grupo rival passou fazer ataques na região, que se intensificaram no ano passado. Foram pelo menos quatro. Além do que matou Raíssa, houve um que causou a morte de um bebê, em fevereiro, e outros dois, nos dias 9 e 22 de julho de 2020.

— Eles, os expulsos, começaram a se reorganizar, causando medo e temor na comunidade, atirando em traficantes ou na população mesmo, roubando, inclusive, drogas, dinheiro e armas dos integrantes da facção que atua na Vila Maria da Conceição — explica Gerhardt.

O delegado diz que o ataque mais recente ajudou a polícia a identificar envolvidos nos outros crimes, tanto é que irá solicitar em breve a prisão de mais suspeitos. O inquérito sobre a morte de Raíssa e a tentativa de homicídio de Moura ainda não foi concluído.

Até o momento, pelo menos cinco pessoas foram ouvidas e provas periciais também foram obtidas. Informações sobre os suspeitos podem ser repassadas pelo telefone 0800 642 0121.


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