Polícia



Feminicídio 

Acusado de matar cunhada em Cachoeirinha é condenado a 13 anos e meio de prisão

Evandro Ferreira, 44 anos, confessou ter matado Elaine Silva da Silva

10/02/2021 - 10h32min


GZH
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal
Investigação concluiu que Elaine por asfixiada até a morte por Evandro, que era seu cunhado e com quem tinha um relacionamento

Preso desde setembro de 2018 após confessar ter matado a cunhada em Cachoeirinha, na Região Metropolitana, Evandro Ferreira foi condenado a 13 anos e seis meses de prisão por homicídio duplamente qualificado e ocultação de cadáver. O julgamento teve cerca de 12 horas de duração, com encerramento pouco depois da meia-noite desta quarta-feira (10).

As qualificadoras do crime são feminicídio e asfixia. Responsável pela defesa, o advogado Pedro Misael da Silva Corrêa informou que analisa, junto ao condenado, se deve recorrer da decisão. 

Evandro Ferreira, 44 anos, e Elaine Silva da Silva, 52 anos, moravam no mesmo endereço em Cachoerinha: ele no andar inferior da residência, com esposa e filha, e ela no piso superior, com os pais e irmã. No dia 11 de setembro de 2018, os dois foram dados como desaparecidos e o caso passou a ser investigado

Dois dias depois do sumiço, o corpo de Elaine foi encontrado em um matagal em uma área rural de Gravataí. Do lado do cadáver estava o carro de Ferreira. Ele foi preso em um hotel de Cruz Alta, no noroeste do Estado, e confessou que matou a cunhada na casa onde moravam. Também disse que mantinha um relacionamento com ela e, no dia do crime, os dois haviam brigado porque Elaine queria dizer a verdade para a família. Segundo a polícia, ele também contou que asfixiou ela na sala. 

O julgamento, na Comarca de Cachoeirinha, foi comandado pelo juiz Bruno Jacoby de Lamare, titular da 1ª Vara Criminal. A defesa pretendia afastar a qualificadora de feminicídio, alegando que Elaine e Ferreira mantinham relação esporádica, e que não havia a "figura do amante". 

Segundo o advogado Pedro Misael da Silva Corrêa, o júri, composto majoritariamente por mulheres, contribuiu para a condenação. 

- O promotor utilizou isso, o tempo inteiro, dizendo que as mulheres deveriam dar uma resposta, um grito de independência. Isso, com certeza, foi preponderante para a decisão - disse Corrêa. 


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