Polícia



Operação Apito Final

Polícia encontra ossada humana em área suspeita de ser cemitério clandestino em Guaíba

Local seria utilizado por organização criminosa que atuava desde 2005 no município

11/02/2021 - 14h54min


GZH
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Divulgação / Polícia Civil
Cães farejadores auxiliaram na localização de cova

Com a ajuda de cães farejadores e o auxílio de uma retroescavadeira, policiais encontraram uma ossada nesta quarta-feira (10) em um matagal no município de Guaíba, na Região Metropolitana. Os restos mortais, ainda sem identificação, foram achados durante a Operação Apito Final, deflagrada pela Polícia Civil com apoio da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros.

De acordo com a delegada Karoline Calegari, titular da DP de Guaíba, o trabalho investigativo desenvolvido há um ano indicava que uma das ações da facção investigada seria ocultar cadáveres na região.

— Chegou até nós a informação sobre o local em que esses corpos seriam ocultados. A partir do trabalho dos cães encontramos uma cova em que estava essa ossada. Ainda não é possível saber se nesse local estavam os restos mortais de uma pessoa ou mais. Só saberemos após os resultados da perícia. O próximo passo será entrar em contato com as famílias de pessoas desaparecidas. Desconfiamos que esse corpo possa ser de uma pessoa, mas apenas saberemos após os exames.

Segundo a Polícia Civil, ainda não há uma data prevista para os resultados.

De acordo com a delegada, a polícia espera que moradores da região que tenham informações relevantes para a investigação se sintam incentivados a contribuir:

— A partir dos elementos investigativos recolhidos durante a operação, vamos realizar a análise do material para entender melhor como funcionava a atuação dessa facção. Além disso, esperamos que essa operação de grande porte fomente a colaboração de vizinhos e moradores da região — destacou a delegada.

Sobre as pessoas presas na operação Apito Final

Nove das 11 pessoas presas durante a operação são da mesma família. De acordo com a polícia, a facção está instaurada na região desde 2005. Quando o patriarca da família e líder da organização foi morto, em 2008, a matriarca passou a coordenar a facção.

Há cerca de quatro anos, os filhos do casal têm assumido cargos de gerência dentro da organização criminosa.


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