Polícia



São Leopoldo

MP denuncia delegado por suspeita de forjar flagrantes e exigir dinheiro para não formalizar casos no Vale do Sinos

Rodrigo Lorenzini Zucco, 49 anos, também concorreu a prefeito de Novo Hamburgo em 2020

24/03/2021 - 12h53min


Adriana Irion
Adriana Irion
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Mateus Bruxel / Agencia RBS
Rodrigo Zucco concorreu a prefeito (foto de arquivo)

O delegado Rodrigo Lorenzini Zucco, 49 anos, titular da 2ª Delegacia da Polícia Civil de São Leopoldo, no Vale do Sinos, foi denunciado pelo Ministério Público (MP) por concussão e denunciação caluniosa. Outros cinco policiais que atuavam na região também foram alvo de investigação e denúncia. Os agentes foram enquadrados também por falso testemunho. Zucco sustenta que seu nome foi envolvido na investigação “por engano”.

O trabalho é da Promotoria Especializada Criminal. Como o caso está sob sigilo, o MP não fala sobre detalhes da investigação, mas confirma que foi feita a denúncia e que aguarda análise da Justiça de São Leopoldo para se manifestar.

GZH apurou que o delegado, que concorreu a prefeito de Novo Hamburgo na eleição de 2020 pelo Republicanos, é apontado pela Promotoria por supostamente forjar flagrantes (denunciação caluniosa) e exigir dinheiro (concussão) para não formalizar os casos.

O MP também pediu o afastamento parcial do delegado e dos policiais das funções. Dos cinco agentes denunciados, dois já estão fora do trabalho por decisão da Justiça em outro caso sob investigação.

Zucco, natural de Alegrete, é delegado há mais de 20 anos. Nos últimos anos, tem atuado em delegacias do Vale do Sinos. Recebeu homenagens por serviços prestados em cidades pelas quais passou, entre elas, das Câmaras de Vereadores de Novo Hamburgo e de Porto Alegre. 

Contraponto

O que diz o delegado Rodrigo Lorenzini Zucco:

"Provavelmente, o MP tenha se enganado, pois existe uma medida judicial chamada infiltração, que não é do conhecimento do MP de Porto Alegre. Essa medida permite ação controlada, em que a polícia deixa de fazer algo de forma autorizada pelo Judiciário. A 1ª Vara Criminal de São Leopoldo tem conhecimento disso. O MP de Porto Alegre não. Essa ação durou cinco anos, com foco na facção Os Manos. Meu nome está envolvido por um erro. Acredito que seja isso".


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