Polícia



Vale do Rio Pardo

Golpistas se passam por dirigente do FC Santa Cruz e pedem dinheiro a jogadores

Um atleta chegou a depositar R$ 1,3 mil na expectativa de jogar pelo clube

12/05/2021 - 09h23min


Gustavo Gossen
Gustavo Gossen
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Reprodução / WhatsApp
Indivíduo promete contrato até dezembro e pede pagamento adiantado da transferência entre federações

Golpistas estavam se passando por dirigentes do Futebol Clube Santa Cruz, do Vale do Rio Pardo, para realizar falsas negociações com jogadores. Um atleta chegou a depositar R$ 1,3 mil para um indivíduo que se apresentava como "gerente" do clube.

Nas conversas, a pessoa pede para que o jogador envie o DVD com as melhores jogadas e solicita mais detalhes sobre contratos atuais. O golpista convence o atleta sobre as vantagens de jogar pelo Santa Cruz, falando da visibilidade que disputar a Segunda Divisão do Campeonato Gaúcho trará.

O indivíduo, que se apresenta como Serginho, promete contrato até dezembro, cita números de treinos e refeições diárias, negocia passagens aéreas e pede o pagamento adiantado da transferência entre federações. As mensagens partem de um número de DDD 71.

O presidente do Santa Cruz, Tiago Rech, conta que ficou sabendo por um empresário que o nome do clube estava sendo usado para golpes.

— Um empresário me ligou perguntando se nós estávamos contratando, pois alguém havia feito contato direto com dois jogadores dele. Acredito que o golpista seja ligado ao futebol e que pega na Internet fotos e nomes, pois, de fato, nós temos um Serginho (Sérgio Luis Lima Vieira), que é o nosso gerente de futebol — explica.

Assim que o clube publicou o alerta nas redes sociais, o atleta que havia depositado o valor para o falso dirigente entrou em contato e mostrou as conversas.

— Uma tristeza ver pessoas se aproveitando de um sonho dos atletas para se favorecerem assim — diz Rech.

De acordo com o presidente, o funcionário e o jogador que chegou a realizar o pagamento registraram boletins de ocorrência.

Em 2020, houve relatos de golpes semelhantes nos quais os criminosos se passavam por dirigentes e treinadores de Lajeadense, Tupi e Guarany, de Bagé.

Cuidados

Segundo a Polícia Civil, a maioria desses golpes visa, de maneira geral, a capturar informações pessoais das vítimas e, com isso, cometer outros delitos ou conseguir valores em dinheiro. Para isso, os golpistas podem pedir até mesmo informações sobre contas bancárias e cartões de crédito. A orientação é ficar atento e não repassar dados por telefone ou internet. Outra dica importante é alertar os conhecidos sobre os golpes existentes. Caso a pessoa seja vítima, é preciso registrar o crime. Para isso, pode ser usada a Delegacia Online da Polícia Civil.


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