Polícia



Região Metropolitana

Operação prende suspeitos de série de roubos em Canoas; três casos ocorreram dentro de cemitério

Em um dos crimes, ladrão foi baleado por policial que participava do velório da avó. Nove mandados de prisão são cumpridos

19/05/2021 - 10h58min


Cid Martins
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Operação policial prende suspeitos de roubos em cemitério e comércio, além de assaltos a pedestres e motoristas em Canoas

Em operação policial deflagrada na manhã desta quarta-feira (19), 70 agentes cumpriram nove mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão em Canoas. Os alvos são investigados por roubos a estabelecimentos comerciais, veículos e pedestres nos bairros Niterói, Estância Velha e Nossa Senhora das Graças.

Até 7h30min, a polícia havia cumprido seis mandados de prisão, quatro em residências da cidade e dois em presídios envolvendo suspeitos detidos anteriormente. São sete casos apurados desde dezembro do ano passado, mas três deles são chamaram a atenção dos policiais: todos ocorreram nas dependências do cemitério Parque São Vicente.

A chamada Operação Furem Capere II é coordenada pela delegada Miriam Thomé, titular da 2ª Delegacia da cidade. Segundo ela, em praticamente todos os sete casos — apenas os já confirmados — houve violência, com agressões, ameaças e até tiros.

— Em um dos casos, a fim de assegurar a posse do bem roubado, o criminoso provocou lesões corporais graves em uma idosa — diz.

Em outro roubo confirmado, ocorrido em 13 de dezembro de 2020, dois ladrões foram presos, sendo que um deles foi baleado em uma das mãos por uma policial civil de 36 anos que participava do velório da avó. Com a dupla, detida pela Brigada Militar após troca de tiros dentro do cemitério, foram apreendidos celulares e joias de pessoas que estavam em velórios e sepultamentos.

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Cerca de 70 agentes cumpriram nove mandados de prisão e 11 de busca e apreensão em Canoas

A delegada Miriam diz que a operação deflagrada nesta quarta-feira cumpre mandados de prisão contra mais dois suspeitos destes roubos e investiga a participação de um vigia do cemitério, que atua para uma terceirizada. 

Imagens de câmeras de segurança mostram o profissional em atitude suspeita, acenando para uma dupla de ladrões entrar no local, minutos antes de um dos ataques ocorridos.

— Foram três casos distintos. Além deste, envolvendo nossa colega, em um dos fatos um ladrão se passou por policial; em outro, dois homens armados assaltaram várias pessoas. Com a prisão deles, pretendemos entender com mais detalhes como eles agiam dentro do cemitério. Apesar de se aproveitarem do momento de dor das pessoas, é um local que tem sistema de monitoramento por câmeras — destaca o delegado Thiago Lacerda, diretor substituto da 2ª Delegacia Regional Metropolitana.

Outra imagem de vídeo divulgada pela polícia, por exemplo, mostra parte da troca de tiros entre a policial e dois criminosos. Os demais roubos que envolvem os demais suspeitos desta operação foram contra dois motoristas de aplicativo e a dois estabelecimentos comerciais de Canoas.

 O trabalho realizado tenta identificar mais envolvidos no esquema, como receptadores, e busca também mais provas contra os suspeitos. A investigação da 2ª Delegacia ocorre há cinco meses, e os agentes não descartam outros crimes praticados pelos suspeitos. Na época dos fatos,  O Grupo Cortel, que administra o Cemitério Parque São Vicente, emitiu nota sobre estar auxiliando a polícia e que, desde novembro de 2020, não recebia mais pagamentos em dinheiro, além de ter elogiado a ação da policial que evitou a continuidade dos roubos. 

Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Agentes prenderam suspeitos que agiam nos bairros Niterói, Estância Velha e Nossa Senhora das Graças



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