Polícia



Zona Sul

 Preso suspeito de latrocínio no bairro Belém Novo, em Porto Alegre

Homem estava com o carro de vítima. Corpo com várias lesões foi encontrado dentro de residência

26/06/2021 - 07h00min

Atualizada em: 26/06/2021 - 07h00min


Cid Martins
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A Polícia Civil informou nesta sexta-feira (25) que prendeu na quinta-feira (24) um suspeito de latrocínio ocorrido provavelmente na terça-feira (22) dentro de uma casa no bairro Belém Novo, na zona sul de Porto Alegre. O homem, que era amigo de Edson Medeiros Palma, 51 anos, estava usando o carro dele ao ser localizado pela Brigada Militar (BM) no bairro Lami. A prisão foi considerada um flagrante, mas já foi solicitada à Justiça a preventiva do detido.

O titular da 7ª Delegacia de Polícia, delegado Gerson Nadler, que investiga o caso, diz que foram solicitados vários exames periciais com o objetivo inicial de comprovar o envolvimento do suspeito no delito, mas também para saber se ele teve um desentendimento e roubou o carro ou se entrou em luta corporal já com o objetivo de levar o automóvel. Nadler deve ouvir o preso na tarde desta sexta-feira. Segundo a polícia, a vítima foi morta com cerca de seis golpes de faca e de marreta.

— Estamos juntando todas as peças, mas há muitas evidências contra ele. Uma delas é o fato de que houve luta corporal e as mãos do detido estão todas machucadas — ressalta o delegado.

De homicídio para latrocínio


Além de Nadler, o delegado Rodrigo Reis, da Central de Volantes, participou das investigações. Os dois relataram que a ocorrência​ começou na quinta-feira mesmo. Um familiar de Palma entrou em contato com o plantão da 7ª Delegacia para informar sobre o desaparecimento da vítima desde o último domingo (20). Ele foi orientado a ir até a casa de Palma​. Ao acatar a recomendação, pulou o muro da residência do parente, no bairro Belém Novo, e encontrou a porta entreaberta e o corpo na cozinha. BM, equipes volantes da Polícia Civil e perícia foram acionadas.

Segundo Reis, tudo indicava homicídio, porque havia dois copos com bebida alcoólica, sinais de luta corporal e praticamente todos os objetos na residência, como eletrodomésticos, estavam no local​​​. Mas o familiar alertou que o veículo Palio, ano 1997, não estava na garagem. Nadler diz ainda que a vítima era reservada, somente o amigo — que foi preso — frequentava o local e que tratava o automóvel como um colecionador, não emprestando para ninguém. O caso, então, passou de homicídio para latrocínio, morte com objetivo de roubo, ou roubo seguido de morte.

Cercamento

Na tarde de quinta-feira, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), por meio do cercamento eletrônico, avisou a BM sobre o veículo da vítima trafegando no bairro Lami. Os PMs falaram com a Polícia Civil e foram até a casa do suspeito, mas ela estava vazia. Logo depois, foram na casa da mãe dele, ambas no mesmo bairro. O Palio estava no local e o suspeito se encontrava na residência. Com a chegada dos agentes da 7ª Delegacia, ele foi detido em flagrante.

— Ele negou o crime, ficou desesperado e disse que o carro havia sido emprestado a ele. Mas temos a cena do local do crime com dois copos, (ele era o) único que visitava a residência e foi visto por vizinhos na casa de Palma no domingo, além de estar com a chave da casa dele e com o carro, sem contar as mãos machucadas — explica o delegado Reis.  

Já o delegado Nadler diz que o suspeito não tinha antecedentes criminais e que não vai divulgar o nome dele. A polícia ainda precisa aguardar exame de necropsia e de coleta de digitais por parte da perícia, além da análise de toda a cena do crime. Ele não descarta a participação de mais envolvidos.


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