Polícia



Crime em Imbé

Justiça decreta prisão preventiva de madrasta do menino Miguel

Bruna Nathiele Porto da Rosa, 23 anos, retornou ao Instituto Psiquiátrico Forense. Buscas pela criança completam 29 dias

27/08/2021 - 09h20min

Atualizada em: 27/08/2021 - 09h20min


Rossana Ruschel
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Polícia Civil / Divulgação
No dia 18, a Justiça aceitou a denúncia apresentada contra a mãe e a madrasta da criança, fazendo com que elas se tornassem rés

A Justiça decretou, nesta quinta-feira (26), a prisão preventiva de Bruna Nathiele Porto da Rosa, 23 anos, madrasta do menino Miguel dos Santos Rodrigues, sete anos, desaparecido em Imbé, no Litoral Norte. A decisão é do juiz Gilberto Pinto Fontoura, da  1ª Vara Criminal de Tramandaí.

Bruna estava recolhida na Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba desde o último dia 19, e retornou nesta quinta-feira para o Instituto Psiquiátrico Forense, em Porto Alegre. O instituto recebe criminosos com doenças mentais que cumprem medida de segurança.

Segundo o delegado Antônio Carlos Ractz Júnior, responsável pelo caso, o pedido de prisão preventiva da madrasta foi feito na última quarta-feira (25), levando em conta a proximidade do final do prazo da prisão temporária, decretada no início do mês. 

No último dia 18, a Justiça aceitou a denúncia apresentada contra Bruna e Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, mãe da criança, fazendo com que elas se tornassem rés pelos crimes — o Ministério Público havia denunciado as duas por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e tortura.

Como no caso de Bruna foi instaurado incidente de insanidade mental, para verificar se ela possui condições de responder pelos crimes, o processo só terá andamento para ela após resposta da análise psiquiátrica.

GZH tenta contato com a defesa de Bruna, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.

Jean Severo, advogado de Yasmin, informou que está preparando a resposta à acusação de sua cliente e que, depois disso, uma audiência será marcada.

— Yasmin irá esclarecer todos os pontos ao magistrado — afirmou Severo.

Corpo de Bombeiros / Divulgação
Água turva dificulta trabalho do Corpo de Bombeiros

Buscas

Nesta quinta-feira, as buscas pelo menino Miguel completam 29 dias. O trabalho é feito por oito bombeiros simultaneamente, cada dupla mobilizada em quatro viaturas em Torres, Capão da Canoa, Tramandaí e Cidreira.

Segundo o tenente Elísio Lucrécio, que comanda os trabalhos, a água turva segue dificultando a procura, que tem sido feita apenas pela orla. O drone da corporação não está sendo usado, pois demanda água limpa para a visualização ideal do mar.

Conforme Lucrécio, o trabalho não tem previsão para ser interrompido.

— Vamos continuar as buscas na beira porque pode ser que o mar coloque ele para fora. Como as correntes são fortes e longas, também não descartamos que apareça no litoral de outros Estados, como Santa Catarina, Paraná e São Paulo.


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