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Santa Catarina

Justiça confirma absolvição de empresário acusado de estuprar Mariana Ferrer

André de Camargo Aranha já havia sido absolvido em primeira instância em setembro de 2020, em decisão do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis

08/10/2021 - 07h53min

Atualizada em: 08/10/2021 - 07h54min


GZH
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YouTube/Estadão / Reprodução
Promotora de eventos Mari Ferrer (esq.) e o empresário André de Camargo Aranha, durante julgamento ocorrido em setembro de 2020

O empresário André de Camargo Aranha, acusado de estupro de vulnerável pela promotora de eventos Mariana Ferrer, foi absolvido de forma unânime pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC) nesta quinta-feira (5), em audiência realizada na cidade de Florianópolis. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Aranha já havia sido absolvido em primeira instância em setembro de 2020, em decisão do juiz Rudson Marcos, da 3ª Vara Criminal de Florianópolis. Após o julgamento, a defesa de Ferrer entrou com pedido para a revisão da sentença.

A promotora de eventos acusa o empresário de tê-la dopado e estuprado em uma festa no Café de La Musique da capital catarinense, em 2018, quando ela tinha 21 anos e dizia ser virgem. Desde o início da acusação, Aranha negou os fatos e disse que a relação com Ferrer foi de maneira consensual. 

No exame de corpo de delito de Ferrer, a perícia encontrou sêmen do empresário e sangue dela e constatou que seu hímen havia sido rompido. Já o exame toxicológico não constatou consumo de álcool e drogas, mas a defesa da jovem diz que não foi descartada a possibilidade de uso de outras substâncias.

Na primeira audiência do caso, realizada em setembro de 2020, o advogado Cláudio Gastão da Rosa Filho ganhou projeção nacional ao aparecer atacando a jovem, em vídeo divulgado pelo site The Intercept Brasil. Nas imagens da sessão, o advogado diz a ela: "Jamais teria uma filha do teu nível e também peço a Deus que meu filho não encontre uma mulher que nem você".

Aranha atua como empresário de jogadores de futebol e costuma ser visto ao lado de alguns deles. Desde a absolvição do empresário no ano passado, o advogado de Ferrer diz que os sintomas de depressão e síndrome do pânico da jovem se agravaram e que sua cliente não sai de casa.

Em março deste ano, a Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei Mariana Ferrer, que pune ofensa à vítima durante um julgamento.


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