Polícia



Entrevista

"Não lembro de nada. Acordei no hospital", diz árbitro agredido em jogo da Divisão de Acesso

Rodrigo Crivellaro apitava a partida entre o Guarani e o São Paulo-RG no Edmundo Feix, em Venâncio Aires

06/10/2021 - 09h17min

Atualizada em: 06/10/2021 - 09h18min


João Praetzel
João Praetzel
Direto de Venâncio Aires
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Felix Zucco / Agencia RBS

Horas depois de ser agredido por Willian Ribeiro, jogador do São Paulo de Rio Grande, pela Divisão de Acesso, o árbitro Rodrigo Crivellaro prestou depoimento à Polícia Civil em Venâncio Aires para apresentar a sua versão sobre a agressão.

Ainda de colar cervical e com dificuldade para se movimentar, Crivellaro conversou com o delegado Felipe Cano por mais de 40 minutos, ainda que tenha relatado ao servidor poucas lembranças do ocorrido na noite da última segunda-feira (4).

O presidente da Federação Gaúcha de Futebol, Luciano Hocsman, o secretário-geral Mauro Rocha, o ouvidor de competições Cel. Elvio Pires e o presidente da CEAF-RS (Comissão Estadual de Árbitros de Futebol), Luiz Fernando Gomes Moreira acompanharam o árbitro durante o depoimento e também durante a manhã desta terça (5) enquanto descansava no hotel na zona central da cidade do Vale do Rio Pardo.

Ainda sob o efeito de remédios, Crivellaro conversou rapidamente com a reportagem de GZH e contou como foram suas últimas 16 horas.

Confira a entrevista 

Como tu estás te sentindo agora, horas depois de ser agredido pelo jogador do São Paulo de Rio Grande?

Com dor na cervical, mas não foi nada grave. Foi mais o susto. Estou com a boca cortada pela agressão do atleta. À princípio, nada grave. Vou me recuperar uma semana usando o colar cervical, tomando remédio e vai ficar tudo bem.

Você consegue lembrar do que aconteceu?

Não consigo lembrar de nada. Meus colegas que me contaram. Só lembro de chegar no hospital, de acordar lá. Do lance não lembro de nada. Eu desmaiei em campo.

Qual o recado que tu deixas para o jogador?

Ele tem algum transtorno. Espero que ele pague pelo que fez, foi preso e que continue preso por bastante tempo. Que não volte ao futebol.

O momento é de descanso, mas quais teus próximos planos para voltar ao trabalho?

Acho que umas duas semanas de molho. (Quero) Continuar apitando, tem o sub-20, a Copa FGF e é o que tem até o final do ano.

Largar o apito? Nem pensar?

Nem pensar. É o que eu gosto de fazer e olha o tanto de gente me mandando mensagem.


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