Polícia



Zona Norte 

Preso suspeito de executar homem com mais de 80 tiros em Porto Alegre 

Outras duas pessoas são procuradas pela morte de Claudemir da Silveira, 32 anos, ocorrida em dezembro do ano passado, no bairro Sarandi 

26/01/2022 - 07h00min

Atualizada em: 26/01/2022 - 07h00min


Cid Martins
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Polícia Civil / Divulgação
Criminoso transportava quatro quilos de maconha e uma arma quando foi preso pela Polícia Civil

Foi preso na madrugada desta terça-feira (25) um suspeito de envolvimento na execução de Claudemir da Silveira, 32 anos, ocorrida no início de dezembro do ano passado no bairro Sarandi, zona norte de Porto Alegre. No ataque, mais de 80 tiros foram disparados

O suspeito, identificado como Eleandro Vieira da Silva Júnior, 23 anos, estava em um carro na BR-116, em Guaíba, junto com três mulheres, transportando quatro quilos de maconha e uma arma. Além do flagrante por tráfico de drogas e de ter várias passagens pela polícia, havia um mandado de prisão contra ele pelo crime do mês passado. 

Claudemir da Silveira — que já havia sofrido outros atentados — era apontado como um dos gerentes do tráfico na antiga Vila Nazaré, que foi remanejada devido à ampliação do aeroporto da Capital. A mulher e a filha dele, que estavam junto no momento do crime, não se feriram. 

A polícia procura mais dois suspeitos de participação no caso. No dia da execução, o trio tentou roubar um carro para fugir do local do homicídio e feriu a tiros a proprietária do veículo

A prisão de Silva Júnior foi realizada pela 3ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). O delegado Luís Firmino diz que o preso é uma peça importante no esclarecimento dos motivos da execução, principalmente para identificar os outros dois envolvidos e também as circunstâncias do fato. 

Entre as três mulheres detidas, havia uma adolescente. Todas vão responder por tráfico de drogas e porte ilegal de um revólver calibre 38. Já o preso tem antecedentes criminais por roubo, receptação e corrupção de menor.
 

Execução
 

Outro objetivo da polícia é confirmar todos os detalhes de uma disputa entre facções que envolveria o assassinato de Silveira. A execução dele ocorreu em 8 de dezembro e durou pouco mais de 10 segundos. 

O homem já havia saído do prédio, acompanhado da mulher e da filha. Segundo depoimento da esposa, a vítima só desceu para ajudar a carregar algumas sacolas e, naquele momento, três atiradores cruzaram a rua, disparando dezenas de tiros. Silveira caiu no chão, enquanto a mulher e a menina saíram correndo, em direções opostas.

Os bandidos, os três armados e encapuzados, escaparam inicialmente em um Citröen C3, mas logo depois acabaram colidindo com o carro em uma árvore. Segundo o inquérito, encontraram um veículo Uno, que era dirigido por uma mulher. Eles tentaram fazer com que ela parasse o carro, mas como a condutora tentou desviar dos criminosos, eles atiraram repetidas vezes contra o automóvel. 

A motorista, que estava indo buscar o filho na casa de um amigo, conseguiu fugir e dirigiu — mesmo tendo sido baleada na região da coluna cervical —  até o Hospital Cristo Redentor. Na época, o caso dela foi considerado gravíssimo. Segundo a polícia, ela segue em recuperação. Já os três criminosos, desistiram de tentar roubar outro carro e fugiram a pé. 

Leandro Rodrigues / Agencia RBS
Mulher alvejada pelos mesmo atiradores dirigiu até as proximidades de hospital para pedir socorro

Outros atentados
 

Claudemir da Silveira já havia sofrido outros três atentados. Em março de 2021, ele foi atingido por 11 disparos enquanto estava dentro de um carro na Avenida Sertório. Um irmão dele acabou sendo morto na ação, e outras pessoas que estavam no veículo também foram baleadas. 

Em outubro de 2020, ele sofreu dois ataques em sequência. Primeiro, foi atingido por tiros no bairro Sarandi, e logo depois, quando buscava socorro no Hospital Cristo Redentor, houve novo ataque a tiros em frente à emergência da instituição. 

Divulgação / Polícia Civil
Morto em execução com 80 tiros já havia sofrido pelo menos três atentados. Um deles (foto) em março de 2021

GZH tenta identificar o advogado do preso para contraponto. 


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