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Estelionato

Polícia Civil descobre em Novo Hamburgo mais uma falsa delegacia onde era aplicado golpe dos nudes

É o segundo local em três dias que investigadores encontram na cidade do Vale do Sinos

30/04/2022 - 07h00min


Eduardo Matos
Eduardo Matos
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Policiais de Novo Hamburgo descobriram mais um local que era usado como uma falsa delegacia. Em três dias, é o segundo estabelecimento como esse encontrado na cidade. O primeiro foi na quarta-feira (27), no bairro Canudos. A chamada Operação Teatro do Crime, coordenada pelo titular da 1ª DP de Novo Hamburgo, delegado Tarcísio Lobato Kaltbach, investiga a prática de estelionato e extorsão na região, em especial o chamado golpe dos nudes.

No imóvel, que fica na localidade de Vila das Flores, os agentes encontraram o cenário semelhante ao de uma delegacia. Foram localizadas uma pistola verdadeira e uma falsa, banner da Polícia Civil, além de imitações de ocorrências, certidões de óbito e inquéritos.

Conforme os investigadores, o objetivo dos criminosos era simular uma delegacia especializada no atendimento de crianças e adolescentes vítimas, para dar mais credibilidade ao golpe aplicado. Ninguém foi encontrado no momento da ação policial. No entanto, todos os suspeitos já estão identificados.

Na quarta-feira (27), uma delegacia falsa foi descoberta num edifício residencial, no bairro Canudos. Na oportunidade, foram apreendidos algemas, banners e armamento falsos, além de fotos e dados das vítimas para aplicar o golpe dos nudes. Havia ainda um caderno com anotações dos valores recebidos.

De acordo com as quantias mencionadas, estima-se que a quadrilha recebia milhares de reais mensalmente de vítimas de diversos Estados. No local, eram utilizados banners das polícias civis de Minas Gerais, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Paraná e Rio Grande do Sul, e da Polícia Federal.

Como funciona o golpe dos nudes

O golpe dos nudes ocorre quando uma pessoa finge ser uma adolescente e mantém contato por redes sociais com homens mais velhos para trocar imagens íntimas. Depois, essa mesma pessoa simula acionar pais e a polícia para exigir dinheiro, com o objetivo de não expor a situação para familiares da vítima ou até mesmo não iniciar uma suposta investigação policial.


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