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Gravataí

Polícia ouviu duas testemunhas e aguarda perícias em investigação sobre morte de enfermeira atropelada pelo próprio carro

Namorado de Elizandra Pereira Cunn, 41 anos, diz que ela se atrapalhou com pedais 

27/04/2022 - 09h34min

Atualizada em: 27/04/2022 - 09h34min


Jean Peixoto
Jean Peixoto
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Félix Zucco / Agencia RBS
Elizandra Pereira Cunn morreu no último domingo (24)

 A Polícia Civil segue investigando a morte da enfermeira Elizandra Pereira Cunn, 41 anos, em Gravataí, na Região Metropolitana, na tarde do último domingo (24). A profissional da saúde estava na casa do namorado, no Loteamento Palermo, quando foi atingida pelo próprio veículo, uma caminhonete Tracker. Ela recebeu atendimento no Hospital Dom João Becker, mas não resistiu aos ferimentos. 

A delegada Fernanda Generali, titular da Delegacia da Mulher (Deam) de Gravataí, explica que a Polícia Civil já ouviu duas testemunhas. Contudo, o avanço das investigações depende dos resultados das perícias do corpo da vítima e do automóvel. Conforme o Instituto-Geral de Perícias (IGP), o laudo deve ser concluído em 15 dias. 

— No domingo mesmo foram ouvidos o namorado da vítima, que seria o único que teria presenciado os fatos e apresentou a versão de que foi um acidente. E foi ouvida uma segunda testemunha que foi a primeira a chegar ao local, mas não presenciou o fato — conta a delegada. 

De acordo com a delegada, não há outras testemunhas nem câmeras de segurança que possam ter registrado o fato, o que limita as possibilidades. Ela acrescenta que o caso foi encaminhado à Deam pelo delegado plantonista pelo fato de haver apenas uma testemunha e a vítima ser uma mulher, o que gerou suspeitas. 

O namorado da vítima, de 49 anos, disse aos policiais que a mulher foi atingida pelo próprio carro ao descer do veículo. Ele foi levado à delegacia e, em depoimento, alegou que a companheira se atrapalhou com os pedais e causou o acidente. 

A delegada comenta que, futuramente, pode ser solicitada uma reconstituição — o que ocorre quando há duas versões — mas no momento não será necessário, pois há apenas a versão do homem. Segundo a delegada, o casal se relacionava há mais de 10 anos e não havia nenhum registro policial de violência referente a nenhum dos dois. 

Uma terceira testemunha deve prestar depoimento em breve — a irmã da vítima — que pode trazer novas informações. 


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