Polícia



Vale do Paranhana

Idosa de 78 anos é encontrada morta com sinais de violência no centro de Igrejinha

Colotildes saiu para ir na casa da filha, mas foi morta a poucos metros de onde morava

31/05/2022 - 07h00min

Atualizada em: 31/05/2022 - 07h00min


Bruna Viesseri
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Brigada Militar / Divulgação
Brigada Militar atendeu ocorrência e guarneceu o local até a chegada da perícia

Com população estimada em 37 mil pessoas, o município de Igrejinha, no Vale do Paranhana, registrou, no domingo (29), um crime "cruel", na definição da equipe da Polícia Civil local. A idosa  Colotildes Maciel Schmidt, de 78 anos, foi encontrada morta, com sinais de agressão física pelo corpo, na região central da cidade. Conforme a família, ela tinha saído de casa para ir na residência da filha, que estava viajando, para alimentar o cachorro. A caminhada foi interrompida por um ataque, e Colotildes foi morta em rua erma, a poucos metros de onde morava com o marido.

De acordo com o delegado do município, Ivanir Luiz Moschen Caliari, nenhuma hipótese é descartada no momento. Mas a principal suspeita é de latrocínio (roubo com morte). A polícia aguarda perícia para constatar se a idosa também sofreu violência sexual durante a ação. Até o momento, não há indícios de que o caso possa ter sido premeditado e familiares afirmam que a idosa não tinha desavenças.

A vítima foi encontrada sem a bolsa, que continha apenas pertences de menor valor, segundo a família. Junto do corpo, foi localizada uma sacola de frutas, que a idosa levava. Ao lado dela, havia uma pedra com sangue, possivelmente usada para agredir a mulher, que tinha ferimentos pela cabeça, principalmente na região da testa e da orelha.

— Ela sempre fazia esse trajeto, caminhando até a casa da filha, com quem se dava muito bem. Eram melhores amigas. A filha viajou e combinou com a mãe que alimentasse o cachorro dela. Nesse caminho, a vítima sofreu o ataque. Ela estava bastante machucada, é um fato muito cruel. O desrespeito e a insensibilidade com uma pessoa, ainda mais idosa, chama muito a atençao nesse caso. É realmente muito triste — afirmou o delegado, que atua há oito anos na região.

A investigação tenta localizar testemunhas do fato e busca imagens de câmeras de segurança que possam ajudar a localizar o responsável pelo ataque. As equipes também buscam esclarecer se a mulher estava indo ou voltando da casa da filha quando sofreu o ataque.

O corpo foi localizado em uma rua não muito movimentada, de cerca de 20 metros, usada por quem se desloca entre o centro do município, nas proximidades da RS-115, e o bairro Viaduto, onde a idosa residia. 

Conforme a família, a Colotildes saiu de casa por volta das 8h de domingo (29). No começo da tarde, ao estranharem a demora, familiares começaram a fazer buscas. Um sobrinho da mulher decidiu refazer o caminho percorrido diariamente por ela até a casa da filha, e localizou o corpo por volta das 13h.

Cenário indica que idosa "não se entregou"

Conforme o delegado, o cenário encontrado no local indica que a vítima tentou se defender. O corpo foi encontrado parcialmente descoberto, o que pode indicar violência sexual ou luta corporal, segundo ele.

— Pelo relato de familiares, eles acreditam que, em um assalto, ela tentaria resistir, não iria ceder. Na inocência dela, não iria acreditar que alguém pudesse desrepeitá-la a tal ponto, cometer uma violência desse tamanho. Então pode ter ocorrido uma luta corporal que evoluiu. O quadro do local indica que ela não se entregou.

Segundo Caliari, a violência na ação pode ter sido praticada por alguém que sofre com "distúrbio extremo" ou que estivesse em uma crise de abstinência em razão de dependência química.

A perícia foi acionada e produzirá laudos do corpo da vítima e também das roupas que ela usava, para indicar a causa da morte e se houve violência sexual.


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