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Manifestantes se reúnem no foro de São Leopoldo para pedir soltura de homem preso

Homem de 36 anos foi capturado em operação antidrogas do Denarc no Vale do Sinos, no dia 14 de maio

20/05/2022 - 07h00min

Atualizada em: 20/05/2022 - 07h00min


Eduardo Matos
Eduardo Matos
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Carina Terres divulgação
Manifestantes fazem apelo em frente ao foro de São Leopoldo; defesa do suspeito ingressou com pedido de liberdade na Justiça

Cerca de 50 pessoas fizeram uma manifestação na tarde desta quinta-feira (19) em frente ao foro de São Leopoldo, no Vale do Sinos. O grupo pedia a soltura de um homem que foi preso numa operação do Departamento Estadual de Prevenção e Repressão ao Narcotráfico (Denarc) da Polícia Civil, no bairro Rio Branco, no dia 14 de maio. O grupo afirma que Diogo Rodrigues de Oliveira, 36 anos, foi preso injustamente, que não tinha qualquer envolvimento com o tráfico de drogas e que é uma pessoa trabalhadora e dedicada à família. Também alegam que a prisão ocorreu por Oliveira ser negro e estar numa região humilde.

O diretor do Denarc, delegado Carlos Wendt, rechaça essa afirmação. Diz que o foco é o combate ao crime, independentemente da cor ou classe social de quem está cometendo.

— Nós assumimos o Denarc em 2019. Nosso foco tem sido as grandes lideranças. Estamos prendendo pessoas com grandes fazendas e aviões, por exemplo — diz o delegado, ao afirmar que além dos líderes, as pessoas ligadas a eles também são presas por estarem cometendo crimes.

Conforme a investigação, o local onde Oliveira mora estava servindo como uma espécie de laboratório e depósito de drogas. Foram apreendidos no local 36 quilos de cocaína. A droga estava embalada, pronta para venda. Sobre o papel de Oliveira, sustenta que há indícios suficientes de participação dele no esquema.

— Nós apuramos novos elementos que reforçam a nossa convicção sobre a prisão. Todo o material foi entregue ao promotor de Justiça, que vai exarar parecer sobre o caso. O Denarc está tranquilo. Há indícios de participação do sujeito no crime investigado — acrescenta Wendt.

Além de Oliveira, outro suspeito foi identificado e está sendo procurado.

O que diz a defesa do suspeito

A advogada Márcia Silva de Almeida ingressou com pedido de liberdade do suspeito. Ela sustenta que ele não tem participação no crime investigado. Segundo ela, a droga foi encontrada no andar de cima de onde mora seu cliente e que os imóveis são independentes. Também que ele não sabia o que se passava na residência do vizinho. Sobre o fato de Oliveira ter avisado esse outro suspeito de que a polícia estava no local, diz que ele mandou essa mensagem por achar que se tratava de algo referente a pensão alimentícia que o vizinho teria dito que estaria devendo.


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