Polícia



Zona Leste

Preso homem que se diz bruxo e é suspeito de ter matado a namorada em Porto Alegre

André Ávila Fonseca estava foragido desde o dia da morte de Laila Vitória Rocha Oliveira, 20 anos, cujo corpo foi encontrado na casa dele, na Lomba do Pinheiro

29/03/2023 - 16h19min

Atualizada em: 29/03/2023 - 16h21min


Bruna Viesseri
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Mateus Bruxel / Agência RBS
Ssuspeito foi capturado por volta das 14h, perto da residência onde morava, na Zona Leste. O caso é investigado como feminicídio

A Polícia Civil prendeu, na tarde desta quarta-feira (29), André Ávila Fonseca, 37 anos, suspeito de ter assassinado a namorada no último sábado (25), em Porto Alegre. O homem que se diz bruxo estava foragido desde o dia da morte de Laila Vitória Rocha Oliveira, 20 anos, cujo corpo foi encontrado na casa dele, na Lomba do Pinheiro.

O homem foi capturado por volta das 14h, perto da residência onde morava, na Zona Leste. O caso é investigado como feminicídio

Conforme a polícia, o homem e a jovem mantinham relacionamento a distância. Ela morava em Parauapebas, no Pará, e estava na Capital visitando Fonseca. Durante a estadia, o homem demonstrou comportamento controlador. Laila voltaria para a cidade natal no dia 29, mas foi morta, na noite de sábado, com um golpe de uma faca longa, como uma espada.

— Durante esse tempo que ela ficou com ele, a jovem tinha relatado ameaças e um comportamento abusivo por parte dele. Ela acreditava que logo voltaria para casa, que ele não faria nada mais grave com ela. O corpo foi encontrado parcialmente carbonizado, em uma lareira — relata a delegada Cristiane Ramos, da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Porto Alegre.

A polícia foi chamada por vizinhos que relataram ter ouvido gritos vindos da residência.

Fonseca, conhecido nas redes sociais como Victor Samedi, conta com mais de 34 mil seguidores em um perfil no Instagram e 10 mil em outro, em que se autointitula "mestre bruxo em necromancia" e diz ser especialista em "casos complicados e graves de saúde", "destruição e vingança" e "quebra de demanda, quebra de feitiços".

Segundo a Polícia Civil, no entanto, o homicídio não envolveu nenhum tipo de ritual.

O homem era monitorado por tornozeleira eletrônica. Os agentes de segurança perderam o contato com ele momentos antes do crime. A suspeita é de que o aparelho tenha sido rompido. A tornozeleira eletrônica foi instalada no dia 9 de janeiro, após Fonseca ser condenado por uma tripla tentativa de homicídio, em 2007, e colocado em regime semiaberto. Na época, ele atirou contra três pessoas, sendo dois policiais militares. No ano passado, recebeu pena de seis anos de prisão.


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