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Duas mãos

Prefeitura libera embarque em ônibus metropolitanos e sindicato ameaça com paralisação total

Apenas 30% da frota de ônibus municipais deve funcionar nesta segunda-feira

27/01/2014 - 11h38min

Atualizada em: 27/01/2014 - 11h38min





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Tire suas dúvidas sobre como proceder neste início de semana:

- Nenhum ônibus vai circular na segunda-feira?

Ônibus circulam com a frota de 30% estabelecida por lei

Em uma medida emergencial para aplacar os efeitos da greve dos rodoviários, a prefeitura de Porto Alegre determinou, por volta das 11h, que os ônibus que fazem viagens metropolitanas podem realizar embarque e desembarque de passageiros nas paradas da cidade.

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Com isso, o usuário pagaria o valor da menor tarifa da linha, o que representaria, em média, um valor próximo aos R$ 2,80, conforme o diretor-presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC), Vandelei Cappellari. Os ônibus metropolitanos não aceitam cartão TRI, ou seja, o pagamento deverá ser efetuado em dinheiro ou com o cartão TEU.

Apesar de parecer que pode aliviar os transtornos aos usuários, a autorização refletiu negativamente entre os rodoviários em greve. Segundo o presidente da Força Sindical, Cláudio Janta, a categoria ameaça uma paralisação total do serviço, tanto em Porto Alegre quanto na Região Metropolitana. Ele considera a situação uma queda de braço entre empresários e empregados.

Até metade da manhã desta segunda-feira, as lotações já estavam autorizadas a circular com passageiros em pé. Na Avenida Bento Gonçalves, a maioria aproveitou para utilizar os corredores. Resultado disso, foram veículos transitando completamente lotados.

Confira as linhas metropolitanas autorizadas:

Bosembecker

Caxiense

Central

Citral

Dannitur

Evel

Fátima

Lousada

Monte Belo

Montenegro

Ozelame

Palmares

Real

Santa Silvana

Santo Antônio

São José

São Marcos

Sinoscap

Sogil

Sogal

Soul

Torrescar

Transcal

Unesul

VAP (viação alto petrópolis)

Via Nova

Viamão

Vicasa

Wendling

A promessa é de que 30% da frota esteja nas ruas. A EPTC terá 80 agentes a mais em serviço a partir das 5h da manhã, para fazer o monitoramento das garagens e, se for preciso, fazer as intervenções necessárias para garantir a circulação das linhas. A Brigada Militar também estará presente próximo às garagens a partir da meia-noite para intervir em caso de tumulto.

- Todas as linhas serão atingidas?

Sim. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Julio Pires, a paralisação tem adesão de funcionários de todas as empresas.

- Na terça-feira os ônibus estarão funcionando normalmente?

Não há uma data definida para o fim da greve. Os sindicalistas informam que a paralisação segue por tempo indeterminado, enquanto a negociação com as empresas não avançar.

- Vai ter taxi?

Como os taxistas são autônomos e sua remuneração depende da demanda pelo serviço, o presidente do Sindicato dos Taxistas (Sintaxi), Luiz Nozari, aposta que haverá bom número de veículos circulando na segunda-feira, diante das notícias de paralisação dos rodoviários. A sugestão de Nozari é agendar taxi com antecedência para ter maior segurança do transporte.

- Como funcionarão os lotações?

Os motoristas foram autorizados a transportar passageiros em pé e o atendimento das linhas devem ser ampliados. Os tempos das sinaleiras também devem ser alterados nos principais eixos para dar uma maior agilidade ao transporte coletivo. Porém, o sistema de lotação opera com 403 veículos distribuídos em 29 linhas. Mais de 60 mil passageiros são transportados por dia neste sistema. O preço da passagem é de R$ 4,20.

- Uso o cartão TRI vale-transporte, que não é aceito na lotação. Se eu pagar a passagem da lotação para ir ao trabalho, tenho direito a reembolso?

O advogado trabalhista Adriano Dutra da Silveira esclarece que não existe obrigação de reembolso por parte da empresa. A sugestão é conversar antes com o empregador sobre a falta de transporte público para definir qual procedimento deve ser adotado. Vale o mesmo para taxi ou gastos com gasolina em carro próprio. Algumas empresas preferem locar vans ou ônibus para pegar funcionários em casa ou em pontos de encontro. Fica a cargo de cada empresa definir sua política.

- Se eu fiquei esperando o ônibus e me atrasei para o trabalho, posso ter o dia descontado do salário?

É uma questão de bom senso. Como é uma situação excepcional, é de se esperar que a empresa abone a punição pelo atraso, até porque isso poderia ser facilmente revertido na Justiça, a favor do funcionário. Inclusive se o funcionário não consegue chegar ao trabalho porque não teve meios para se deslocar, a falta não deve ser descontada.


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