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Indenização de R$ 24 mil

"Dinheiro não vai trazer meu cãozinho de volta", diz dona de yorkshire morto por pastor alemão

Cachorrinho Pitucho levaria as alianças dos donos até o altar. Ele morreu 20 dias antes da cerimônia

03/08/2016 - 16h25min

Atualizada em: 03/08/2016 - 16h26min


Ana Karina Giacomelli
Ana Karina Giacomelli
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Pitucho era como um filho para o casal

A morte do cãozinho Pitucho, um yorkshire que foi atacado na rua por uma cadela da raça pastor alemão, ainda causa muito sofrimento para a dona Fernanda Dias Goulart, de 34 anos. Há poucos dias, a Justiça condenou os proprietários da cachorra que matou o yorkshire a pagar uma indenização de R$ 24 mil.

– Infelizmente, dinheiro nenhum vai trazer o meu cãozinho de volta. Entrei com um processo contra os donos da cachorra, porque esse tipo situação não pode passar em branco. Não dá para admitir que um fato assim aconteça e fique por isso mesmo – questiona.

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Fernanda e o marido, Gilberto Kroeff Junior, 38 anos, sempre foram muito ligados ao cachorrinho. Na época, o casal estava noivo e Pitucho levaria as alianças até o altar. Ele morreu 20 dias antes da cerimônia, na antevéspera do Natal.

– Fizemos várias fotos com ele, inclusive, o vídeo de pré-convite do casamento "Save The Date". Nós três éramos uma família, o Pitucho era como um filho. O amor é o mesmo. As pessoas não podem desmerecer ou julgar o sentimento dos outros – diz Fernanda, emocionada.

Boneco do cachorrinho fazia parte até da decoração do bolo de casamento

"Mansinha", diz dona de pastor alemão

A tutora da cachorra pastor alemão, Erícia Rodrigues Sousa, 75 anos, lembra do ocorrido como uma triste fatalidade. Erícia explica que a cachorra sempre foi mansinha, nunca mordeu ninguém.

– Ela costumava ficar presa no pátio da minha loja. Naquele dia, não sei o que aconteceu, mas ela conseguiu se soltar – relata.

Erícia lamenta que a situação tenha chegado ao ponto de irem para a Justiça. Afirma que também está sofrendo com a situação, principalmente, porque gosta de animais.

– Eu tenho cachorro em casa desde criança. Estou muito triste com tudo o que aconteceu. Não queria o mal do cachorrinho, da família. Tentei conversar com eles, mas não adiantou. Agora, é aguardar a Justiça – declara.

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Para Fernanda, é inaceitável que um cachorro de porte grande tenha a possibilidade de sair para a rua sozinho.

– Se a pessoa tem um comércio e precisa deixar o portão aberto, tem que ficar mais atenta ao animal. O cão não pode ter a chance de sair do local e machucar alguém na rua. Dessa vez foi o meu cachorrinho, mas poderia ter sido uma criança – ressalta.




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