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Percurso

Tradicional Corrida para Vencer o Diabetes reúne apoiadores em Porto Alegre

A largada do trajeto ocorreu por volta das 10h perto do Parcão, na Avenida Goethe

26/09/2022 - 10h30min


Bruna Viesseri
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Camila Hermes / Agencia RBS
A 24ª edição do evento contou com apoiadores uniformizados com a camiseta da corrida

A tradicional Corrida para Vencer o Diabetes reuniu apoiadores na manhã deste domingo (25) nas proximidades do Parque Moinhos de Vento, em Porto Alegre. A largada do trajeto ocorreu por volta das 10h, perto do Parcão, na Avenida Goethe. Após dois anos de modelo digital, em razão da pandemia, o evento voltou às ruas da Capital.

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A ideia é chamar atenção para a causa e também orientar sobre cuidados em relação à doença. A 24ª edição contou com apoiadores uniformizados com a camiseta da corrida. Grupos de amigos e famílias inteiras participaram do percurso, e até os pets foram incluídos.

O primeiro a ultrapassar a linha de chegada foi o bombeiro militar Renan Costa da Cruz, 26 anos, que, assim como os demais, recebeu medalha. Natural de Bagé, ele reside há quatro anos em Porto Alegre, período em que começou a correr de forma amadora. O bombeiro mora nas proximidades do Parcão e costuma correr pela região onde a prova ocorreu. Participante de provas de corrida ao menos uma vez por mês, afirma que o percurso deste domingo teve um motivo especial:

— Eu estive aqui assistindo a prova antes da pandemia, e gostei muito desse clima, da atmosfera, do ambiente familiar que se vê aqui. É um evento muito bonito, uma causa muito justa. Por isso, quis participar. É uma forma de contribuir com a causa, ajudar a lembrar da conscientização. Além disso, a corrida me acolheu aqui em Porto Alegre, desde que cheguei, há quatro anos. Então, reunimos o grupo e compramos a ideia. Hoje a gente veio correr com propósito — conta ele, que participou do evento com cerca de 10 amigos.

A pequena Kamily Soares do Carmo, oito anos, também correu. Ela completou o percurso junto dos pais, Márcia Soares, 34, e Maurício do Carmo, 36, além do cachorrinho Kinder. A mãe conta que Kamily recebeu o diagnóstico de diabetes um pouco antes de completar dois anos, e desde então a família fez adaptações na rotina e toma cuidados para controlar a doença. Em alguns anos, Kamily precisou ser internada e não pode participar do evento. Neste domingo, ela voltou ao percurso:

— Sempre que dá, a gente vem. Em algumas edições, ela esteve internada e não pode vir. Dessa vez viemos. É importante participar, contribuir, alertar. Ainda pequena, ela teve todos os sintomas, quase entrou em coma diabético. Gera uma adaptação, alguns cuidados com a alimentação, mas agora já está na nossa rotina — conta Márcia.

Camila Hermes / Agencia RBS
Kamily Soares do Carmo, Márcia Soares, Maurício do Carmo, e o cachorrinho, Kinder, participaram da corrida

Foram quatro quilômetros de trajeto, e é permitido concluir o percurso caminhando, correndo e até de bicicleta ou patins. Os competidores saíram da passarela do Parcão, na Avenida Goethe, e passaram por ruas como Mariante e Silva Sóm fazendo retorno pelo antigo Ginásio da Brigada Militar. O ponto de chegada é o mesmo da partida.

Ao final da prova, foram sorteados prêmios para quem completou o percurso. Neste ano, foram oferecidos uma bicicleta, uma caixinha de som e dois kits Panvel.

Até o começo da tarde, tiveram bloqueios vias como 24 de Outubro, Miguel Tostes, Vasco da Gama, Mostardeiro, Felipe Camarão e Padre Chagas. O trânsito foi liberado nos locais por volta das 13h.

Camisetas vendidas

A corrida é promovida desde 1998 pelo Instituto da Criança com Diabetes (ICD). O evento é a principal fonte de arrecadação de recursos da entidade, que é privada e sem fins lucrativos, e presta assistência interdisciplinar a mais de quatro mil crianças e jovens com diabetes Tipo 1 e também jovens com Tipo 2.

Para participar da corrida, é necessário adquirir uma camiseta do evento — no valor de R$ 30 reais — em apoio a causa. Conforme a organização, 10 mil camisetas foram vendidas neste ano.

— A corrida voltou às  ruas depois de dois anos. Ter um público expressivo de cinco mil pessoas no local nos dá uma energia enorme e a certeza de que trabalhar com o propósito de  acompanhar crianças e jovens com diabetes tem toda a credibilidade da sociedade gaúcha, a quem agradecemos — celebra a gerente-executiva do Instituto da Criança com Diabetes, Ana Beatriz Bertuol.

A entidade atende, gratuitamente, crianças e jovens em uma infraestrutura completa: Hospital-Dia, Ambulatório, Programa Diário de Educação em Diabetes, Oficinas de Nutrição, Consultórios Médicos, Dentários e um Centro Oftalmológico.

Nos últimos dois anos, a corrida deixou de acontecer presencialmente por causa da pandemia. No ano passado, a iniciativa foi online, com venda de camisetas.

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