Notícias



Top das comunidades

Conheça a Lobóticos, equipe de estudantes que descobriu seu potencial empreendedor

Projeto é um dos 10 que vão representar o RS na Expo Favela Innovation, em São Paulo 

25/11/2023 - 05h01min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho
Jonathan Heckler / Agencia RBS
Cristiane ensina sobre robótica aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental Heitor Villa Lobos, na Capital.

Para a professora Cristiane Pelifolli Cabral, 45 anos, que ensina robótica em um projeto para os alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Heitor Villa Lobos, no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre, a atuação dela estava muito mais ligada ao ensino do que ao empreendedorismo. E tinha pouca relação com o universo de uma feira de negócios como a Expo Favela, centrada na inovação.

– Quando algumas pessoas me disseram para eu inscrever a Lóboticos (nome da equipe formada pelos alunos), percebi que o nosso trabalho também poderia ter um viés empreendedor. Fiquei atraída por essa hipótese e fui para o evento sem nem imaginar que classificaríamos – conta.

A percepção, no entanto, mudou no primeiro dia de feira, Cristiane revela. O grande movimento no estande da Lobóticos dava indícios de que havia muito interesse do público pela iniciativa. 

O clima empolgou o grupo, que é formado por estudantes do quinto ao nono ano da escola. Construía-se assim mais uma vitória para o histórico da equipe que se acostumou a participar de competições e, ainda neste ano, trouxe para casa o prêmio de uma disputa realizada nos Estados Unidos.

O empreendedorismo não era no nosso foco até então, mas, notei que, de fato, fazemos com que lideranças despontem aqui. Trabalhamos essas habilidades. E ser empreendedor é também liderar.

CRISTIANE PELIFOLLI CABRAL

Professora de robótica

O caminho de conquistas, porém, foi percorrido em uma estrada repleta de obstáculos, que proporcionaram mais do que aprendizados de robótica:

– Acho que ensino às crianças a transgredirem. Há quatro anos, nos classificamos para um evento no Canadá e disseram que não iríamos, que se eu quisesse teria que ir por conta. E eu fui sozinha com eles, porque não se pode aceitar o primeiro não. Quando se é da periferia, recebe-se muitos “nãos”. Então, temos que saber lutar.

CONFIRA QUAIS SÃO OS OUTROS SELECIONADOS

*Produção: Guilherme Jacques




MAIS SOBRE

Últimas Notícias