Depois de ter arrecadado mais de 11 toneladas de alimentos na sua primeira live, no fim de abril, o Samba Tri faz sua segunda apresentação online neste sábado, a partir das 16h, no canal do YouTube da banda. No show, batizado de Live do Bem, o grupo cantará faixas próprias, como Quem Sou Eu? e Goleador, além de sucessos do samba e do pagode no país. Além do show repleto de sucessos, que deve ser prestigiado por dezenas de grandes nomes do futebol brasileiro e mundial, o grupo espera promover mais um show de solidariedade. Na primeira live, Arthur, hoje, atleta do clube italiano Juventus, e Renato Portaluppi, técnico do Grêmio, estavam na audiência e fizeram doações expressivas.

- As cestas básicas estão fazendo a diferença para as famílias neste momento de pandemia. Muitas precisam de um apoio social neste momento, de um olhar positivo no meio de toda essa adversidade. Estamos tentando promover a esperança na vida dessas pessoas - afirma Guto Paulista, vocalista da banda.

Realidade nua e crua

Há mais de três meses sem fazer shows presenciais, o grupo tem se dedicado intensamente a entregar doações, ainda resultado da primeira live. Além disso, segundo Paulista, na semana passada, uma empresa doou 50 cestas básicas para que o grupo fizesse a distribuição pelas periferias de Porto Alegre e da Região Metropolitana.

- A partir das nossas incursões pelas comunidades, a gente tem contato com realidades que acontecem debaixo dos nossos olhos. Eles precisam ser muito fortes para suportar isso. São pessoas que perderam o emprego ou estão com medo de perder. Em uma casa, no Belém Velho, por exemplo, vi 12 pessoas da mesma família dividindo o mesmo barraco, um absurdo - reflete Paulista.

Solidariedade que vem das ruas

Durante as peregrinações pela Capital, Paulista e seus parceiros passaram por uma situação emocionante. Na Redenção, enquanto eles participavam do projeto Alimente POA, na semana passada, que distribui marmita para a população em situação de rua e em vulnerabilidade social, os músicos encontraram um morador de rua, que vive há um ano no local.

- Eu sempre paro para falar, para trocar uma ideia com ele. Na última vez, ele separou uma sacola de coisas que tinha ganho e que não usaria, para que a gente doasse para outras pessoas que estavam precisando, pois sabe das nossas ações. Ficamos sem palavras - finaliza Paulista.