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Contra o HPV

Postos de saúde já vacinam meninos contra o HPV, veja por que é importante e quem deve se imunizar

Não é preciso correr para os postos. A vacinação será permanente, e os órgãos de Saúde garantem doses para todo o público alvo 

04/01/2017 - 18h12min

Atualizada em: 04/01/2017 - 18h57min


Bruno Maestri Abrianos Becker, 13 anos, foi vacinado no Centro de Saúde Modelo

Os postos de saúde do Rio Grande do Sul já estão prontos para imunizar meninos de 12 e 13 anos contra o papilomavírus humano (HPV). O vírus é transmitido, principalmente, por meio de relações sexuais, sendo responsável por diversos tipos de câncer. O Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual da Saúde garantem que as doses já estão disponíveis.

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Até o ano passado, esta imunização era feita apenas em meninas. Gradualmente, até 2020, a imunização chegará aos garotos de 9 e 10 anos. Mas pais e responsáveis não precisam correr para os postos: não se trata de uma campanha com prazo de término definido, vai durar o ano todo e será permanente.

A imunização entrou para o calendário do Ministério da Saúde, com as vacinas sempre disponíveis nas unidades de saúde. Além disso, de acordo com o Núcleo de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde de Porto Alegre, não haveria doses suficientes para todos ao mesmo tempo.

– Todas as unidades de saúde têm essa vacina. As famílias que forem, encontrarão a dose. Mas não haveria para todo o público ao mesmo tempo. Importante destacar que não há pressa, será permanente a vacinação – afirma Raquel Barcella, coordenadora do Núcleo de Imunização.

Ano Letivo

Segundo a coordenadora, o Ministério da Saúde havia se comprometido a divulgar o novo público em março, junto com o início do ano letivo nas escolas. O prazo daria tempo para mais doses chegaram aos estados. Mesmo assim, os estoques dão conta do recado e logo serão reforçados pelo Ministério, que garante ter enviado quantidade suficiente para todo o país.

Foi uma dessas doses que imunizou Bruno Maestri Abrianos Becker, 13 anos, levado nesta quarta-feira ao Centro de Saúde Modelo, no Bairro Santana, em Porto Alegre, pela mãe, Renata Maestri. Assim que soube que meninos poderiam ser vacinados, quis aproveitar.

– Tentei trazer ele ontem (terça), mas ficou me enrolando, aí viemos hoje – contou.

Bruno até achou a picada um pouco dolorida, mas disse que o pior é a ansiedade e o momento que antecede a vacina.

– Diziam que dava tontura e era bem dolorida, mas é um pouco só – disse o adolescente.

A mãe achou ótima a inclusão de meninos no grupo da vacina e não acha que influencia na vida sexual do garoto.

– Tem gente que comenta, mas acho que não tem influência. Até porque, outras vacinas já previnem doenças ligadas à sexualidade e não vejo problema algum.

A decisão de ampliar a vacinação seguiu recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia. O objetivo é diminuir o risco de cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV.

CONTRA O HPV

A vacina
– Já é usada em mais de 100 países, com mais de 180 milhões de doses aplicadas desde 2006.
– É muito segura, desenvolvida por engenharia genética.
– Pode, raramente, ocasionar reações como dor, inchaço e vermelhidão no local da aplicação.
– Até o momento, não há conhecimento de nenhum efeito colateral grave relacionado à vacinação contra o HPV.

Novo público-alvo
– Neste ano, a imunização é também para meninos de 12 e 13 anos.
– Confira como será a oferta de vacinas para meninos por ano:
2018 – meninos de 11 e 12 anos
2019 – meninos de 10 e 11 anos
2020 – meninos de 9 e 10 anos
– Os meninos devem tomar duas doses, com seis meses de intervalo entre cada uma.
– Para os portadores do HIV entre 9 e 26 anos, o esquema vacinal é de três doses.

Onde ir
– Todos as unidades de saúde com salas de vacinação ativas têm doses da vacina no Estado.
– Ministério da Saúde e Secretaria Estadual da Saúde garantem a disponibilidade imediata da imunização.

Prazo
– Essa vacina será oferecida de forma permanente a partir de agora para os meninos.
– Não há prazo para a vacinação, os responsáveis não precisam correr para os postos.
– O Ministério da Saúde afirma que envia mensalmente as doses para manter os estoques sempre.

Por que meninos agora
– A decisão de ampliar para o sexo masculino segue recomendações das Sociedades Brasileiras de Pediatria, Imunologia, Obstetrícia e Ginecologia.
– A intenção é proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV.
– A definição da faixa-etária é para proteger as crianças antes do início da vida sexual.

E quanto às meninas
– Meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas podem se imunizar.
– Até o ano passado, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos.

O vírus
– O HPV é altamente contagioso, sendo possível contaminar-se com uma única exposição, e a sua transmissão acontece por contato direto com a pele ou mucosa infectada.
– A principal forma é pelo contato sexual, mas também pode ser transmitido de mãe para filho durante o parto.
Fonte: Ministério da Saúde



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