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Como fazer seu dinheiro render: 50 passos para driblar a crise

Diário Gaúcho ouviu especialistas em busca de conselhos de economia para evitar que seu orçamento encolha ainda mais nos tempos de crise

16/05/2015 - 07h01min

Atualizada em: 16/05/2015 - 07h01min


Jeniffer Gularte
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Arte / Alexandre Oliveira

Desde janeiro de 2004 os brasileiros não enfrentam uma inflação tão alta quanto a atual. Dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril apontam que nos últimos doze meses o Brasil acumulou 8,22% de inflação. Índice que para Porto Alegre e Região Metropolitana sobe para 8,99%. Para driblar a avalanche de aumentos e reduzir gastos, há quem esteja disposta a pequenos esforços, inclusive, a gastar sola de sapato.

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O técnico em telecomunicação, Lucas Vieira, 28 anos, abriu mão do ônibus para ir e voltar a pé para trabalho. De segunda à sexta-feira, sai pontualmente às 7h20 de casa, no Bairro Jardim Leopoldina, e caminha 2,5km até a sede da sua empresa na Avenida Baltazar de Oliveira Garcia. A caminhada de 30 minutos economiza, por dia, R$ 6,50 e em um mês R$ 130.

- Com isso, já consigo pagar a conta da luz. Essa ideia surgiu depois do aumento da nossa luz de R$ 65 para R$ 115, esse foi o começo da mudança.


Ele a esposa Marcela, 25 anos, também técnica em telecomunicação, fizeram exatamente aquilo que os especialistas recomendam em momento de crise: sentaram, avaliaram o orçamento e identificaram o que poderia ser cortado.

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A partir dessa conversa, Lucas decidiu que duas vezes por semana levaria marmita de casa, para economizar no almoço fora. Dentro de casa, tentam enxugar gastos com energia elétrica e supermercado. O casal também reduziu às visitas a família, em Pedro Osório, Zona Sul do Estado. Em cada viagem à cidade, distante 305,1km, gastam R$ 70 em pedágio e R$ 240 em gasolina. 

- Estamos tentando reduzir em tudo.

Cenário favorece mudança de hábitos

O cenário parece pessimista mas especialistas em economia acreditam que cada um de nós pode se municiar de alternativas para se defender.  E não são poucas. Com a ajuda de quatro economistas, o DG montou 50 possibilidades de gastar menos.

O que pode parecer pequenos sacrifícios é considerado apenas uma questão de hábito para a professora de Economia Doméstica da Universidade Federal de Viçosa (UFV), de Minas Gerais, Ana Lídia Galvão. Segundo ela, estudos comprovam que qualquer atividade repetira por 21 dias vira hábito no 22º.

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O período, por isso, é oportuno para a reeducação. Ou seja, a prática de "deixa rolar, tenho um salário para gastar e se acontecer algo vou ver o que fazer", segundo o professor de Finanças da Unisinos, Sérgio Soldera, pode resultar em consequências desagradáveis. 

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- A vida financeira pessoal nem sempre recebe a devida importância das pessoas. A atitude de "deixa rolar, tenho um salário para gastar, e se acontecer algo indesejado vou ver o que fazer" pode ser tarde demais e as consequências podem ser desagradáveis.

 
Lucas saí mais cedo de casa para ir caminhando ao trabalho
Foto: Ronaldo Bernardi/Agência RBS

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