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VÍDEO: "Agora, talvez mude alguma coisa", diz estudante esfaqueado na saída do colégio

Ferido durante assalto, Denner Centeno, 18 anos, planeja mudar de escola

14/07/2015 - 18h09min

Atualizada em: 14/07/2015 - 18h09min


Anderson Fetter / Agencia RBS
Denner mostra a jaqueta rasgada pela faca

Menos de uma semana após levar uma facada na altura do coração durante um assalto, o estudante Denner Felipe Schavinski Centeno, 18 anos, se recupera em casa. Ele foi abordado por um criminoso que queria seu celular na Avenida Ipiranga, em Porto Alegre, na noite de quarta-feira da semana passada, quando saía da aula no Colégio Estadual Protásio Alves. O aluno do primeiro ano do Ensino Médio ficou seis dias internado no Hospital de Pronto Socorro (HPS).

Aluno esfaqueado na saída da escola presta depoimento na Polícia Civil

Nesta terça-feira, após prestar depoimento na 2ª Delegacia da Polícia Civil acompanhado da mãe e da namorada, Denner conversou com a reportagem. Ainda sente incômodo no local do ferimento, mas já planeja mudar de escola e "seguir a vida".

Como tu estás te sentindo? Como está sendo a recuperação?
Está sendo bem tranquila, graças a Deus. Estou me recuperando bem. Agora, é só ficar um tempo em casa e acompanhando no médico.

Tu lembras bem o que aconteceu naquela noite?
Estávamos eu e meu colega caminhando por ali (Avenida Ipiranga) e, como é muito escuro, a gente não percebeu nada. Ele (assaltante) chegou e segurou meu braço e, quando eu ia virar para reagir, ele me deu a facada. Nisso, perdi as forças dos braços, ia cair no chão, consegui me levantar e sair correndo até o colégio. Lá, pedi ajuda.

Jovem esfaqueado tem alta e, com medo, não voltará ao colégio

Quando tu viraste para reagir, lembras o que passou na tua cabeça?
Foi um impulso, na verdade. Instinto. Foi tudo muito rápido, não cheguei a pensar no que fazer.

Já tinhas sido assaltado naquela região?
Ali, não, mas meus colegas já, várias vezes. É frequente o assalto ali.

Depois desses cinco dias de hospital, o que tu planejas?
Agora, é vida que segue. Trabalhar, estudar, mudar de escola certamente. E é isso, bola para frente.

Vais mudar de escola pelo medo de que aconteça de novo?
Exatamente. Ali é frequente o assalto, toda hora.

Teu caso ganhou bastante repercussão. Conseguiste acompanhar?
Estou conseguindo agora. Estou acompanhando o que dá, conforme vão me mostrando. Minha mãe me mostrou a manifestação, as entrevistas, vou acompanhando aos poucos.

O que tu achaste dos protestos dos teus colegas e dos teus professores?
Achei que agora vão dar um pouco mais de ouvidos para eles. Já tinham pedido há muito tempo segurança ali e não faziam nada. Agora, talvez mude alguma coisa.

Queres deixar um recado para as autoridades da segurança pública?
O meu recado para a segurança, na verdade, seria que eles olhassem mais ao redor deles, que está acontecendo muita coisa que, às vezes, não chega aos ouvidos deles, na vista deles, mas que está acontecendo. Muitas vezes, há pessoas que pedem ajuda e que não são ajudadas. Que eles prestem um pouco mais de atenção nisto.

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* Diário Gaúcho


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