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Morte assistida

Holanda autoriza eutanásia a jovem vítima de abuso sexual durante dez anos

Morte aconteceu em 2015, mas detalhes do caso foram divulgados recentemente por autoridades. Jovem recebeu injeção letal depois de médicos apontarem que consequências do sofrimento eram incuráveis

11/05/2016 - 17h19min

Atualizada em: 11/05/2016 - 17h19min


Uma mulher vítima de abuso sexual durante dez anos morreu após receber autorização da Justiça para se submeter à eutanásia por meio de injeção letal. A morte aconteceu em 2015, mas o caso foi divulgado recentemente por autoridades do país. Ela tinha cerca de 20 anos e não teve sua identidade revelada. As informações são do jornal Daily Mail.

Documentos publicados pela Comissão Holandesa de Eutanásia informam que a jovem teria sido abusada sexualmente entre cinco e 15 anos de idade. Como consequência, teria desenvolvido transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), anorexia grave, depressão crônica e alucinações, que médicos classificaram como incuráveis.

Segundo o Daily Mail, consultores afirmaram que a jovem era inteiramente competente para tomar a decisão sobre sua própria vida. A notícia da morte causou polêmica em países da Europa, como o Reino Unido.

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O membro do grupo Distant Voices Nikki Kenward, que luta pelos direitos dos deficientes, criticou a autorização para a eutanásia.

– É ao mesmo tempo horrível e preocupante que os profissionais de saúde mental possam considerar a eutanásia em qualquer forma como uma resposta às feridas complexas e profundas que resultam de um abuso sexual – declarou.

Robert Flello, do Partido Trabalhista, também se manifestou.

– É quase uma mensagem de que se você for vítima de abuso, e, como resultado tiver uma doença mental, é punido com a morte, que a punição para o crime de ser a vítima é a morte. Isso serve para reforçar por que mover qualquer passo para legalizar o suicídio assistido, ou a morte assistida, é tão perigoso – opinou.

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