Inclusão
Mais de 400 travestis e transexuais usarão o nome social no Enem; 16 são do RS
Pedidos autorizados têm aumento de 46% em relação a edição de 2015
Escolher o próprio nome e passar a ser chamado por ele representa uma conquista para travestis e transexuais. Por causa disso, desde 2014 o Ministério da Educação (MEC) permite que candidatos ao Enem que passaram por mudança de gênero usem o nome social durante a prova. Neste ano, 408 candidatos serão chamados pelo nome que escolheram.
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De acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a autorização para uso do nome social foi dada a pessoas que entregaram a documentação exigida no período entre 1 e 8 de junho. Foram feitas 842 solicitações no Brasil inteiro.
A quantidade de pedidos aprovados em 2016 mostra um aumento de 46% em relação a 2015, quando 278 travestis e transexuais receberam autorização para serem chamados pelo nome social. No ano de estreia do nome social na prova do Enem, apenas 102 pedidos foram concedidos. No Rio Grande do Sul, 16 pessoas foram atendidas e serão chamadas pelo nome social durante as provas.
Em abril deste ano, a presidente afastada Dilma Rousseff assinou um decreto autorizando a população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) a usar o nome social em órgãos públicos como ministérios, universidades federais e empresas estatais.
No mesmo decreto, Dilma proibiu que expressões pejorativas e discriminatórias fossem usadas para se referir a travestis e transexuais em espaços da administração pública federal.