Seu problema é nosso
Menina com paralisia cerebral aguarda há 18 dias por um leito em Porto Alegre
Alexia ficou 15 dias internada em emergência de hospital em Capão da Canoa
Quinze dias de espera. Esse foi o período de angústia pelo qual passou a mãe de Alexia Andriellyn Morais Roloff, menina de cinco anos que tem paralisia cerebral e foi levada ao Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa, no Litoral Norte, no dia 4 deste mês em função de uma pneumonia.
Lavadora de carros, a mãe, Tamara Grasiela Santos Morais, 26 anos, conta que, até o final da semana passada, Alexia permanecia na emergência pediátrica da instituição – mesmo com pedido de transferência para Porto Alegre tendo sido feito junto à Central de Regulação de Leitos do Estado.
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Prejuízo à saúde
A paralisia, consequência de uma forte convulsão que a menina teve aos oito meses de vida, obriga Alexia a respirar com a ajuda de aparelhos. A falta de uma Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) pediátrica em Capão da Canoa é o principal motivo do pedido de urgência para conseguir uma vaga na Capital, segundo a mãe.
O temor de Tamara era de que a demora piorasse o estado de saúde da filha.
– Ela foi internada no dia 4 e estava muito fraquinha. Um ou dois dias depois, o médico de Capão já solicitou a transferência para Porto Alegre, mas as secretarias da saúde dizem que não têm leito e devemos esperar, mas até quando? – questiona, prosseguindo:
– Não aguento não poder fazer nada. Já fui até na promotoria para tentar agilizar a transferência, mas não adiantou.
A menina nasceu prematura, quando a mãe estava com apenas cinco meses de gravidez. Com a saúde delicada, os cuidados com ela sempre precisaram ser redobrados, segundo Tamara. Alexia não caminha nem fala.
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Transferência para outra emergência
Após contato feito pelo Diário Gaúcho na quinta-feira passada, a assessoria de imprensa do Hospital Santa Luzia informou, na sexta-feira, que Alexia seria transferida naquele dia para o Hospital Conceição, na Capital, por questão preventiva.
Tamara confirmou a transferência, que ocorreu sexta à noite. Porém, até o final da manhã de ontem, Alexia seguia na emergência, à espera de leito.
O hospital confirmou que ela estava cadastrada na Central de Leitos para ser transferida para Porto Alegre e garantiu que seu quadro de saúde estava estabilizado até sexta-feira, pois foi fornecido o tratamento adequado.