Seu problema é nosso
Asfalto está cedendo e buraco representa perigo para pedestres e motoristas em rua de Alvorada
Jogo de empurra entre a prefeitura do município e a Corsan gera impasse na hora de resolver o problema
Há um ano, um buraco na Rua Graça Aranha, em frente ao número 128, no Bairro Aparecida, em Alvorada, é motivo de dor de cabeça para o autônomo Cristiano Caduri de Almeida, 41 anos. Em novembro de 2015, a fenda se abriu no asfalto. Segundo Cristiano, não era larga, mas profunda. Com o tempo, foi crescendo:
– Os dias de chuva contribuíram para o aumento do buraco. O asfalto está cedendo.
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A cratera fica ainda em frente a uma das entradas da Escola Municipal de Ensino Fundamental Almira Feijó. Cristiano preocupa-se com o perigo que a situação representa para os pequenos.
– Já vi crianças torcendo o pé no buraco. Além disso, tem uma parada de ônibus ali, e o risco de acidentes é enorme – lamenta Cristiano.
A erosão, pelo que observa Cristiano, pode estar sendo provocada por um problema na rede de esgoto, que apresenta canos rompidos e expostos. Essa é outra reclamação do morador, pois o cheiro forte prejudica a comunidade.
– Água suja vaza dali dia e noite. Como a rua é uma lomba, o esgoto desce e vai se acumulando na frente das casas – desabafa.
Saibro e lixo
Cristiano acredita que cada morador tenha registrado, pelo menos, uma reclamação.
– Uma semana antes das eleições, em outubro, uma equipe veio até aqui e colocou saibro dentro do buraco, mas não consertou os canos, nem repavimentou. Uns dias depois, choveu e voltou tudo a ser como antes – afirma.
Para sinalizar a cratera, algumas pessoas colocaram entulhos dentro dela. Contudo, a prática pode gerar um novo problema: o acúmulo de lixo.
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Jogo de empurra mantém problema
Contatada pelo Diário Gaúcho, a prefeitura de Alvorada informou que a responsabilidade pelo buraco é da Corsan e que a empresa já foi notificada pelo município. Em contrapartida, a Corsan informou à reportagem que uma equipe foi até o local averiguar a situação e "detectou que o problema deve-se à rede de drenagem pluvial, que não é de responsabilidade da companhia".