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Seu problema é nosso

Moradora de Canoas sofre com problema no útero e precisa de procedimento de saúde urgente

Silvana tem avaliação clínica agendada para o dia 17 deste mês

10/11/2016 - 08h45min

Atualizada em: 10/11/2016 - 08h47min


Diário Gaúcho
Diário Gaúcho

Há cerca de três semanas, a moradora do Bairro Guajuviras, em Canoas, Silvana Martins da Silva Rodrigues, 42 anos, convive com fortes dores na região pélvica. Após passar mal no trabalho, a auxiliar administrativa precisou realizar uma verdadeira romaria por Canoas e Porto Alegre em busca de atendimento médico. Mesmo depois de conseguir o diagnóstico, segue convivendo com a incerteza.

Em Canoas, Silvana procurou atendimento na Upa, no Hospital de Pronto Socorro e na Ulbra, onde chegou a ir durante três dias seguidos para entender o que estava acontecendo. No entanto, saiu de todos os locais sem uma resposta. Somente após pressionar a Secretaria de Saúde da cidade por uma solução, conseguiu encaminhamento para Porto Alegre, onde consultou nos Hospitais Conceição e Fêmina e descobriu a causa do problema: há sangue no interior do útero, um problema conhecido como hematometra. A notícia causou surpresa e desespero para a moradora de Canoas que, há três anos, precisou cauterizar o órgão em função de uma lesão cancerígena.

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Remédio forte

Ela diz que o médico da Ulbra sugeriu uma drenagem:

– Quando consultei no Fêmina, o médico disse que, se fizer só a drenagem, é possível que o problema piore. A solução seria retirar o útero, mas, na Ulbra, o médico não quer fazer. Se o hospital não tem condições de realizar o procedimento, quero que me encaminhem para outro que possa resolver. Temo estar com câncer.

Ela conta que realizou os exames pré-operatórios e terá consulta no próximo dia 17. Mas a espera e a incerteza do que pode acontecer daqui para frente está consumindo ainda mais sua saúde.

– Não sei se consigo esperar mais uma semana apenas para ver o resultado dos exames. O remédio forte para dores que era para tomar durante alguns dias, já estou tomando há três semanas pois logo que o efeito passa as dores voltam muito piores – explica.

Mãe de três filhos, Silvana diz que as dores são como "se estivesse em um trabalho de parto diário" e, por isso, está tendo muita dificuldades em suas atividades diárias – até mesmo para caminhar.

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Nova avaliação deve decidir o procedimento mais adequado

Ao ser contatada pelo Diário Gaúcho, a Secretaria de Saúde de Canoas confirmou que Silvana foi recebida no Pronto Atendimento Ginecológico do Hospital da Ulbra em 14 de outubro, e uma ecografia transvaginal revelou o hematometra. Após isso, ela foi atendida no ambulatório especializado de ginecologia, no dia 3, quando o médico indicou a cirurgia de drenagem e solicitou exames pré-operatórios com brevidade.

Segundo a Secretaria, os exames pelos quais Silvana passou no dia 7 não indicam tumor maligno. No entanto, ela deverá retornar ao médico no próximo dia 17 para nova avaliação clínica. Será decidido qual procedimento é o mais adequado. Caso precise fazer histerectomia (retirada do útero), o procedimento será realizado no próprio hospital, com data a ser agendada já no momento da consulta.



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