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Em Jaú

Bebê morre intoxicada após pai e avó confundirem produto de limpeza com suco de uva, no interior de SP

Líquido utilizado para limpar alumínio tinha coloração roxa e estava armazenado em garrafa plástica de suco

20/02/2017 - 11h35min

Atualizada em: 20/02/2017 - 15h12min


Uma menina de 10 meses morreu intoxicada no domingo após o pai e a avó confundirem um produto de limpeza com suco de uva. O caso ocorreu em Jaú, no interior de São Paulo.

Segundo informações de Polícia Militar, o produto era feito para limpar alumínio, tinha coloração roxa e estava armazenado numa garrafa de suco. Por volta das 11h30min, a criança chorava no colo do pai, e a avó, pensando em saciar a fome da neta, colocou o líquido na mamadeira, confundindo com suco de uva.

– O pai falou que estava fazendo a filha dormir, e a sogra dele pegou o líquido e colocou na mamadeira. Logo em seguida a criança começou a passar mal – informou o capitão Sérgio Henrique Murad, do 1º Batalhão de Polícia Militar de Jaú.

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A menina foi levada pelo Samu ao hospital Santa Casa de Misericórdia, onde a equipe médica tentou reanimá-la por 40 minutos. A criança não resistiu e faleceu.

O caso será investigado pela Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Jaú. O corpo da criança deverá ser encaminhado para autópsia.

Como prevenir

Conforme a médica pediatra Denise Leite Chaves, plantonista pediátrica do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, o cuidado com produtos de limpeza em lares com crianças deve ser dobrado: não só os pequenos devem ficar longe desses produtos, mas os adultos precisam saber o que estão manuseando.

– O que não for industrializado deve ser identificado de alguma maneira pelos adultos. Não adianta a mãe saber o que é aquele produto e o pai e avó confundirem com suco – reforça a médica.

Depois de devidamente identificados, os produtos devem ser guardados em armários altos, fora do alcance das crianças.

Confira, abaixo, como agir quando a criança ingeriu algum produto químico:

- lavar as mãos, a boca e o rosto da criança, cuidando para que ela não engula água;

- encaminhar a criança ao pronto-socorro mais perto de casa;

- se o adulto souber qual produto químico foi ingerido, o ideal é que leve-o junto quando a criança for ao hospital;

- não dar leite ou água para a criança beber;

- não induzir a criança ao vômito. Segundo a médica pediatra Denise Leite Chaves, se a vítima ingeriu produto com ingrediente corrosivo, poderá aspirá-lo quando vomitar;

Assim que a criança tiver ingerido o produto, uma dica valiosa da médica plantonista é que os adultos liguem no Centro de Informação Toxicológica (CIT) do Rio Grande do Sul, no 0800 721 3000.

O serviço é oferecido pela Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde, órgão vinculado à Secretaria Estadual de Saúde do Rio Grande do Sul, e serve para dar orientações emergenciais por telefone quando pessoas, animais e até plantas forem intoxicados.

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