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Santo Guerreiro

Devotos de São Jorge participam de procissão e festa na Capital

Paróquia do Bairro Partenon concentra festividade em honra ao Santo Guerreiro. Cavalgada e carreata completam programação deste domingo

23/04/2017 - 14h06min

Atualizada em: 23/04/2017 - 14h08min


Roberta Schuler
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Imagem foi saudada por espadas de São Jorge na Rua Guilherme Alves

Milhares de devotos caminharam na manhã deste domingo, em procissão pelas avenidas do Bairro Partenon, na Capital, para manifestar a sua devoção por São Jorge, um dos santos mais populares da religião católica, também chamado de Ogum nas religiões afro. O dia 23 de abril lembra a data em que São Jorge foi morto decapitado, aos 23 anos, por se recusar a negar sua fé.

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A procissão teve início às 8h45min, o andor deixou as dependências da paróquia que fica no Bairro Partenon, Zona Leste de Porto Alegre. A imagem do Santo Guerreiro foi levada numa viatura da Brigada Militar – o santo é protetor, especialmente de policiais, militares ferreiros e advogados.

À frente da procissão, neste ano foi conduzida a imagem de Nossa Senhora Aparecida, Padroeira do Brasil, que veio do Santuário Nacional de Aparecida, em São Paulo, dentro das comemorações dos 300 anos da aparição da imagem.

Procissão contou com a imagem da Padroeira do Brasil, vinda do Santuário Nacional de Aparecida

– Eu venho a essa procissão há muitos anos, tenho muita devoção. Peço a ele para iluminar as coisas. São Jorge me dá saúde, força para trabalhar e um sorriso no rosto. Enquanto Deus me deixar por aqui, eu pretendo vir – comentou a doméstica Marlene Guterres, 69 anos, do Bairro Partenon.

Depois da caminhada pela Avenida Bento Gonçalves, os fiéis alcançaram a Rua Guilherme Alves até a chegada à Avenida Ipiranga. Ao longo do caminho, moradores enfeitaram as casas com balões e acenavam para a imagem, cercada de fiéis carregando espadas de São Jorge, velas, terços e quadros com o Santo Guerreiro.

– A gente que é trabalhador, que é guerreiro, se identifica com ele. São Jorge é meu padrinho e Nossa Senhora dos Navegantes, minha madrinha. Participo das duas procissões – revelou o cobrador de ônibus Vilmar Machado dos Santos, 62 anos, do Bairro Rubem Berta.

Vilmar fez a procissão levando uma imagem de São Jorge que passou por várias gerações da família.

– Esse quadro era da minha avó. É muito bom participar, me sinto bem, parece que saem todos os problemas, é uma energia boa – disse o cobrador.

Às 10h15min, os devotos que participaram da procissão chegaram novamente à igreja. Pela primeira vez, em 64 edições da festa, a missa campal foi celebrada debaixo do viaduto que tem o nome do santo. Após o almoço, estão previstos festejos populares e, à tarde, será celebrada missa às 18h e às 20h outra missa com o encerramento da festa e bênção dos devotos.

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O aposentado Jorge Antônio Machado, 42 anos, de Gravataí, nasceu no dia de São Jorge e sempre participa da procissão. Neste domingo, foi na companhia da esposa, a professora Roselaine Machado, 36 anos, e levou um quadro com a imagem do santo, que tem pendurado na sala de casa.

– São muitas conquistas, muitas transformações na vida. Agradeço ao Arquiteto do Universo e São Jorge também faz parte disso – comentou.

Jorge e a esposa caminharam levando quadro com a imagem do santo

Na tarde deste domingo, a Federação Afro Umbandista e Espiritualista do Rio Grande do Sul (Fauers) realizará, a partir das 15h, a 9ª Carreata em homenagem a São Jorge e Ogum. A saída será da sede da federação, na Rua Fernando Abbot, 159, Bairro Nossa Senhora das Graças, em Canoas. O destino será o Largo Zumbi dos Palmares, na Capital, onde será realizada uma roda religiosa.



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