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Seu problema é nosso

Medicamentos estão em falta há dois meses em Canoas e morador vítima de AVC sofre com o problema

A prefeitura do município informou que um dos remédios já está disponível

21/04/2017 - 07h55min

Atualizada em: 21/04/2017 - 07h56min


Farmácia funciona em contêiner junto ao posto

Comerciário desempregado, Jorge Luciano Passos Lucas, 40 anos, está passando por dificuldades. Em 2014, o morador do Bairro Niterói, em Canoas, sofreu seu primeiro Acidente Vascular Cerebral (AVC) e foi parar no hospital. No mesmo ano, o problema se repetiu. Naquele ano, Jorge teve um total de cinco AVCs.

Os problemas provocados pelos derrames – epilepsia, por exemplo – fazem com que, hoje, ele dependa de vários medicamentos para ter uma melhor qualidade de vida.

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No entanto, Jorge reclama que alguns produtos que deveriam ser disponibilizados gratuitamente na farmácia distrital do seu bairro estão em falta há dois meses.

Entre os remédios de que ele precisa, estão carbamazepina, AAS infantil, hidroclorotiazida e metoprolol – este último, ele alega não conseguir receber desde fevereiro.

– Eu tenho mobilidade reduzida, até algumas dificuldades da fala, o que já é difícil. Mas, para piorar, vou ao posto de saúde e não encontro os remédios de que preciso. A situação só piora – desabafa Jorge.

Além da falta de medicamento, outra reclamação vem em função do atendimento recebido por ele na farmácia distrital da Upa 1º de Maio.

– A farmacêutica responsável disse que eu deveria ficar em repouso, e não ir todo dia lá atrás dos remédios, que são meus por direito. E várias pessoas reclamam do atendimento prestado por ela – protesta o morador de Canoas.

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Um medicamento já está disponível

A prefeitura de Canoas informou que o metoprolol não está em falta na farmácia da Upa 1º de maio. A orientação é para que Jorge procure a unidade novamente e retire o remédio.

Porém, foram confirmadas a falta de AAS infantil e hidroclorotiazida. Sobre o prazo para o reabastecimento, a administração informou que o AAS estará disponível a partir de 25 de abril. Já a Idoclorotiazida, até a segunda semana de maio.

No caso do suposto mau atendimento prestado por uma das funcionárias da farmácia distrital, a prefeitura disse que a unidade é administrada pelo Hospital Nossa Senhora das Graças, que deveria responder pelo caso. Procurada, a assessoria do hospital não deu retorno até o fechamento desta reportagem.



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