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Seu problema é nosso

Mãe sofre com demora na liberação de laudo da autópsia do filho

O corpo de Eduardo passou pelo exame em julho, quando ele faleceu. Porém, até hoje, Sandra, a mãe do rapaz, não recebeu o documento

20/09/2017 - 09h56min

Atualizada em: 23/03/2018 - 10h54min


Arquivo Pessoal / Leitor/DG
Desde julho, Sandra aguarda pelo laudo da morte de Eduardo

Há mais de dois meses, a auxiliar de recursos humanos desempregada Sandra de Vargas Cordeiro, 39 anos, sofre com a demora na liberação de um documento. O papel, que deveria ter sido emitido pelo Departamento Médico Legal (DML), é o laudo da autópsia do corpo de Eduardo Cordeiro Vigil, seu filho. 

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A espera faz aumentar a dor pela qual passa a moradora do bairro São Judas, em Bagé, na região sul do Estado, desde a morte de seu filho, em julho deste ano. Eduardo, com 19 anos, não resistiu depois de sofrer um acidente de moto. 

Foi em maio que o rapaz sofreu o acidente. Logo depois, foi encaminhado de Bagé, onde morava com a mãe, para atendimento em Porto Alegre. Na Capital, ficou internado por 56 dias. Porém, o jovem, que era militar do exército, faleceu no dia 13 de julho. 

Por ter morrido em decorrência de um acidente de trânsito, o corpo de Eduardo precisou passar por perícia na sede do DML, no Palácio da Polícia, em Porto Alegre. 

— Aquele dia já foi terrível, eu cheguei lá por volta das duas da madrugada e só saí depois das 19h — recorda Sandra. 

Segundo a moradora de Bagé, ela foi informada no Palácio da Polícia de que o laudo da autópsia deveria ser liberado dentro de 20 dias, o que não ocorreu. Agora, Sandra precisa do documento para dar entrada no seguro DPVAT e pagar as despesas fúnebres de Eduardo. 

Porém, por mais que procure satisfações, ninguém explica o motivo da demora para que o DML libere os papéis. Segundo Sandra, informações desencontradas apenas aumentam sua angústia, pois nenhum profissional do órgão explica o motivo da demora ou dá uma previsão para que o documento seja entregue. 

Documento será liberado na quinta-feira 

Por meio da assessoria de comunicação do Instituto Geral de Perícias ( IGP- RS), o diretor do DML, Luciano Haas, explicou que já havia pedido urgência na assinatura digital do laudo, em função das solicitações recebidas no Departamento. 

Essa assinatura estava prevista para ocorrer ontem e, na quinta-feira, o documento estará disponível para retirada da família. 

De acordo com a assessoria do DML, o reduzido quadro de funcionários do órgão, em torno de 40% do efetivo necessário, tem ocasionado a demora na liberação de laudos e em outros serviços prestados.

*Produção: Alberi Neto

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