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Seu Problema é Nosso

Carros invadem espaço de ciclovia e calçada causando transtornos aos moradores, em Novo Hamburgo

A obra na Rua João Aloysio Allgayer, que tem previsão de conclusão em junho, tem sido motivo de incômodo para os pedestres e ciclistas que passam por ali

14/01/2019 - 10h01min

Atualizada em: 14/01/2019 - 10h02min


LeitorDG / Arquivo Pessoal
Ciclistas, pedestres e motoristas estão confusos

Um novo ambiente planejado para o lazer dos moradores do bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, tem sido motivo de incômodo para pedestres e ciclistas. A obra, iniciada em abril de 2018, em 2,5 quilômetros da Rua João Aloysio Allgayer, envolve a construção de uma nova rede de esgoto pluvial, com pavimentação asfáltica, alargamento das pistas, novas calçadas e ciclovia. A intervenção já tem 85% do seu projeto concluído. 

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Já em uso pelos moradores, a ciclovia, destinada ao tráfego de bicicletas, e o passeio, reservado à circulação dos pedestres, dão acesso a um estacionamento que fica perto de estabelecimentos comerciais. 

Pela rua 

Segundo o advogado Marcio Gerhardt, 45 anos, morador do bairro, os motoristas ingressam no passeio pela rampa para bicicletas. 

— Ocorre que, naquele local, a revitalização modificou o que antes era utilizado para estacionamento, uma área de recuo na frente dos comércios — explica Marcio. 

Alguns automóveis são flagrados, de acordo com o advogado, estacionados de forma perpendicular na via. 

— Agem como se a própria calçada fosse o estacionamento do local. Os motoristas obrigam as pessoas a passarem pela rua — protesta Marcio. 

Ele aponta ainda a presença diária de uma viatura da Guarda Municipal em Lomba Grande que não intercepta o movimento irregular — o que deveria ocorrer, na sua opinião, uma vez que é função do órgão fiscalizar e ordenar o trânsito. 

Mobilidade 

A autônoma Bárbara Silveira, 35 anos, comenta sobre as dificuldades de locomoção pelo espaço reservado aos pedestres. Mãe de um menino de um ano, Bárbara relata que a passagem com o carrinho do filho se tornou inviável: 

— Nos finais de semana, que tem bastante movimento, é quase impossível transitar na calçada. As pessoas precisam ter mais bom senso e lembrar que o espaço é para todos, mas cada um no seu devido lugar. 

Em relação à infraestrutura do local, a moradora percebe as boas condições, mas aponta que alguns motoristas agem como se estivessem em um autódromo. 

— Eu, com o carrinho, consigo ir para o asfalto, o que ainda requer atenção. Mas um cadeirante, como ficaria? — comenta. 

Conclusão da obra prevista para junho 

Por meio da Assessoria de Comunicação, a Secretaria de Obras Públicas, Serviços Urbanos e Viários explicou que, “como os trabalhos ainda não foram concluídos, ainda não houve a delimitação oficial dos trechos de circulação dos condutores de veículos, pedestres e ciclistas”, ou seja, não há sinalização dos locais proibidos para carros. 

Questionada sobre a função da Guarda Municipal ao fiscalizar a região, a assessoria municipal afirma que não há como punir os motoristas pelas infrações, pois são justificadas pela falta de placas e demarcações na via. Porém, não é desconsiderada a imprudência dos condutores. 

A obra tem previsão de término para o final de junho deste ano, com todas as sinalizações viárias, verticais e horizontais fixadas. 

Produção: Sarah Oliveira 

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