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Meio Ambiente

Fepam confirma contaminação por cromo no bairro Niterói, em Canoas

Área contaminada é menor do que zona de alerta divulgada pela prefeitura em dezembro de 2018

01/03/2019 - 18h33min

Atualizada em: 01/03/2019 - 18h46min


Divulgação / Divulgação
Imagem divulgada pela Fepam mostra área contaminada (dentro do círculo vermelho)

A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) concluiu a análise do estudo que apurou a extensão da área contaminada com cromo no bairro Niterói, em Canoas, e divulgou os resultados nesta sexta-feira. O relatório apresentado pela empresa que avaliou a área mostrou a extensão da contaminação que será alvo de recuperação. A área afetada é bem menor que a região onde foi emitido o alerta da prefeitura, em dezembro do ano passado. 

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Foram analisadas amostras de oito poços de monitoramento e seis amostras de solo. Os resultados indicaram que a presença de cromo em concentração acima do permitido pela legislação ficou restrita a quatro lotes localizados no entorno da sede da empresa, que correspondem à área delimitada pelo retângulo vermelho na foto. A recuperação ocorre inicialmente nesta área diretamente afetada.

Os poços mais distantes (PM04, PM05 e PM06) não apresentaram contaminação. O monitoramento será mantido até o final da regeneração em um raio de 35 metros do ponto central da contaminação, onde não há poços de captação de água identificados, conforme a região delimitada pela área circular na foto. 

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Inicialmente, o alerta emitido pela prefeitura de Canoas abrangia uma região bem maior, no quadrante que vai da BR-116 até a Rua Fernando Ferrari, e da Rua Alegrete até a Rua Minas Gerais. A área apontada pela Fepam como contaminada fica entre as ruas Garibaldi, Júlio de Castilhos e Venâncio Aires. A medida, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente divulgou na época, levava em conta a precaução, já que não havia a dimensão exata da contaminação.   

Orientação

A Fepam orienta que a população deve evitar o consumo de vegetais cultivados no solo dentro do raio de 35 metros e não fazer obras de escavação na região demarcada pelo círculo. A empresa tem prazo de 30 dias para protocolar o processo de licença com a proposta de melhoria. Precisa também comunicar aos proprietários dos lotes diretamente afetados quanto aos danos ambientais.

A diretora-presidente da Fepam, Marjorie Kauffmann, lamentou o dano ambiental causado pelo vazamento de cromo, mas destacou que o importante é que a área foi delimitada e as ações para descontaminação do solo impactado estão em andamento.

A Cromagem São Vicente, responsável pelo vazamento, está com atividades suspensas desde 18 de dezembro.


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