Seu Problema é Nosso
Morador de Caxias do Sul precisa de próteses para as pernas
Na esperança de voltar a caminhar, uma vaquinha foi organizada para comprar próteses, no valor de R$ 75 mil. Cerca de R$ 2 mil foram arrecadados até agora
Praia, sol, futebol e férias. No contexto mais esperado por qualquer trabalhador, o motorista desempregado Anderson Corso de Oliveira, 34 anos, morador do bairro Madureira, em Caxias do Sul, na serra gaúcha, começou a sentir dores na perna esquerda, em janeiro de 2018.
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O problema se agravou e levou à amputação de suas pernas, poucos meses depois, em consequência de um problema chamado vasculite. Na esperança de voltar a caminhar, uma vaquinha foi organizada para comprar próteses, no valor de R$ 75 mil. Cerca de R$ 2 mil foram arrecadados até agora.
“Dor muscular”
As primeiras dores na perna esquerda foram sentidas no período de veraneio em Santa Catarina, após Anderson passar o dia curtindo a praia e jogando futebol com seu filho. Então, ele consultou em um posto de saúde em Araranguá, no sul catarinense. O diagnóstico inicial foi de inflamação no nervo ciático, e medicamentos foram prescritos. No entanto, as dores seguiam.
Em Caxias, Anderson passou por consultas e exames. Ele relata que não parecia grave.
— “É dor muscular”, os médicos falaram. Então eu voltei a trabalhar normalmente. Meu pé ficava vermelho, doía demais, e foi piorando — conta o motorista.
Voltando à rede SUS devido às dores, em abril, foi constatado, por meio de uma ecografia, que a circulação de sua perna estava comprometida. Tratamentos com injeções foram tentados, mas a gravidade da situação exigia a amputação. Então, Anderson viu sua vida ser afetada por completo.
— Não tinha o que fazer, a perna estava morta. Peguei infecção, voltei pro hospital. Comecei a fazer fisioterapia — relata.
Com a outra perna, o mesmo destino
Fora do trabalho, o motorista procurou o INSS para conseguir se manter. Então, obteve o auxílio-doença.
No entanto, com “dores insuportáveis”, a vasculite afetou a outra perna nos meses seguintes. Exames constataram que os vasos dessa perna também estavam obstruídos.
Mais uma vez, a amputação foi a saída apontada pelos médicos. Anderson relutou e solicitou que outras alternativas fosse levantadas. No entanto, em outubro do ano passado, a perna direita foi retirada. Desde então, a cadeira de rodas tornou-se sua companheira diária.
Ele começou a fazer fisioterapia para tentar se adaptar à nova realidade. Nas sessões, foi informado sobre uma possibilidade para voltar a andar: próteses. Então, amigos se organizaram para ajudar a arrecadar os valores.
— Os fisioterapeutas falaram que eu sou jovem e forte, as chances de conseguir andar são maiores. Eles falaram que, para o meu caso, essas próteses são as melhores e mais baratas para eu voltar a caminhar normalmente — afirma Anderson.
COMO AJUDAR
/// Doações podem ser feitas pelo banco Itaú, agência 6902, conta 42111-1, em nome de Anderson Corso de Oliveira.
Produção: Ásafe Bueno