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Educação e Inclusão

Cachoeirinha amplia oficinas de canto e de instrumentos musicais nas escolas

Município oferece oficinas da canto e instrumentos musicais para alunos da rede municipal. Objetivo é contemplar 2 mil crianças

09/04/2019 - 07h00min

Atualizada em: 24/04/2019 - 10h59min


Jéssica Britto
jessica.britto@diariogaucho.com.br
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Tadeu Vilani / Agencia RBS
Violino está entre os cursos oferecidos gratuitamente

Aluna do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Getúlio Vargas, na Vila Vista Alegre, em Cachoeirinha, Karoline Tomaz, 14 anos, adorou a ideia de aprender a tocar violino. Inscreveu-se e começou as aulas no turno inverso ao da escola. A atitude influenciou a amiga Stefany Olea, 14 anos, que também quis conhecer o instrumento. 

— Sempre achei lindo e quis vir aprender também. É difícil, mas é muito legal, tem ajudado na concentração — contou Stefany.

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As alunas estão entre os quase 2 mil estudantes da rede pública municipal que serão contemplados com aulas de música no contraturno escolar por meio do projeto Canta e Encanta. A iniciativa já existia, mas foi ampliada neste ano para todas as escolas da rede municipal. Conforme o coordenador do projeto pela Fundação La Salle, contratada para gerir as aulas, Edmilson Tresoldi, 82 oficinas semanais já estão sendo disponibilizadas para as crianças, mas chegarão a 92 até a implantação completa do projeto. 

— São aulas de canto, flauta, violão e violino do 1º ao 9º ano de 20 escolas, nos dois turnos. Os alunos participam voluntariamente — disse.

Apreciador da técnica e violonista, o prefeito Miki Breier diz que a oferta de atividades no turno inverso é uma prioridade. Além da música, a prefeitura oferece outras oficinas, como arco e flecha, por exemplo. O projeto Alvo no Futuro, desenvolvido desde 2013, com apoio da associação Arthemis e da Federação Gaúcha de Arco e Flecha (Fegaf), oferece oficinas gratuitas de tiro com arco para alunos da rede pública de 10 a 16 anos.

— É ocupação saudável do tempo livre — definiu Breier.

O Canta e Encanta também ocorre em cinco Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEIs). O investimento da administração é de cerca de R$ 20 mil por mês. 

Porta para talentos

Tadeu Vilani / Agencia RBS
Aula de violão está entre as mais concorridas

As aulas trabalham técnicas musicais, mas buscam aspectos complementares.

— A música é atrativa, ajuda na concentração, na autoestima, na disciplina. Trabalhamos com a prática, mas também com a teoria, e proporcionamos a eles contato com ritmos diferentes do que estão acostumados — explica Tresoldi. 

O sucesso da atividade é garantida. Letícia Cole, 23 anos, licenciada em música pelo IPA, é hoje professora de música graças ao empurrãozinho do projeto. Quando era aluna da Escola Dagmar de Lima Mucillo há mais de 10 anos, fez aula de canto e violão pelo projeto.

— Foi lá que eu tive meu primeiro contato com a música e comecei a perceber que gostava. Iniciei cantando na igreja e fui indo até me decidir por fazer a faculdade. O "start" foi lá, uma oportunidade única — destacou.

Hoje, Leticia dá aulas em escolas de música, em um projeto social e no próprio Canta e Encanta.

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