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Visita inusitada

Encontrado no centro de Canoas, jacaré dorme em empresa e recebe apelido de Lacoste

Pela manhã, equipe do Minizoo entrou em contato para fazer o recolhimento do animal

06/05/2019 - 18h45min

Atualizada em: 06/05/2019 - 18h58min


Alberi Neto
Alberi Neto
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Uma situação inusitada mudou a rotina de funcionários de uma empresa de segurança do centro de Canoas, na Região Metropolitana, nesta segunda-feira (6). Um filhote de jacaré-de-papo-amarelo foi encontrado pelos trabalhadores e passou a noite em uma caixa na sede da empresa. O animal estava perdido nas ruas centrais da cidade na madrugada, quando foi recolhido e levado até o local onde pernoitou.

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— Ligamos para os bombeiros, mas disseram que não tinham o que fazer. Aconselharam a colocá-lo numa caixa e esperar amanhecer — relata Adilson do Carmo, 36 anos, proprietário da empresa. 

Conforme ele, ao amanhecer, uma equipe do Minizoo de Canoas entrou em contato para fazer o recolhimento do animal. Por volta das 10h15min, dois funcionários do zoológico e uma equipe da prefeitura chegaram ao estabelecimento para verificar a situação. Veterinário do Minizoo, Leandro Basile explica que o jacaré estava "de corpo mole" quando ele abriu a caixa para pegá-lo. Segundo o especialista, é um comportamento normal — o animal se finge de morto, usando isso como um método de defesa.

— Logo ele foi se soltando, ficou bem alerta — aponta Basile. 

O veterinário disse que a ocorrência da espécie é normal em todo o Rio Grande do Sul. Não foi possível precisar a idade, mas acredita-se que o jacaré tenha entre seis e oito meses. Para Basile, o aparecimento no perímetro urbano ocorreu em razão dos recentes temporais. 

— A chuva pode ter desviado ele da sua rota normal. Assim, acabou se perdendo e vindo parar no meio da cidade — explica o veterinário do Minizoo.

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Apelido faz referência a marca de roupas

Enquanto o animal era recolhido, os funcionários e alguns curiosos se divertiam com a situação. O pequeno jacaré recebeu até um apelido: Lacoste. Uma alusão à famosa grife de roupas e calçados que também tem como símbolo um réptil. Porém, teve quem não ficou feliz com o recolhimento. Filho de Carmo, o pequeno Israel, quatro anos, queria que os pai ficasse com o jacaré.

— Acho que ele queria levar para passear na coleira — diverte-se Carmo. 

O menino caiu no choro quando o filhote estava sendo levado pelos veterinários, mas foi tranquilizado pelo veterinário da equipe que fazia o recolhimento:

— Ele vai reencontrar os amiguinhos dele na natureza.

Segundo informações da prefeitura, o jacaré passou por avaliação de saúde e foi considerado saudável. Ainda na segunda-feira, ele foi devolvido à natureza, sendo liberado na região do Delta do Jacuí. Conforme o veterinário, não há risco de o animal ter se perdido da família, pois os jacarés são independentes desde que nascem.


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