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HABITAÇÃO 

Construtora de prédio com obras paradas em Gravataí dá a sua versão dos fatos 

Procurador da empresa Promodal afirma que responsabilidade por prejuízos decorrentes de atraso é exclusivamente da Caixa Econômica Federal

08/10/2019 - 05h00min


Jéssica Britto
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Ronaldo Bernardi / Agencia RBS
Residencial Florença, em Gravataí

O procurador da Promodal, Artur Thompsen Carpes, entrou em contato com o Diário Gaúcho para enviar o posicionamento da empresa, uma das construtoras mostradas em reportagem no dia 25 de setembro. Na ocasião, o DG não conseguiu localizar nenhum representante da empresa. 

A Promodal foi a construtora responsável pelo Residencial Florença, de Gravataí.  O empreendimento era para ter sido entregue em 2010. Hoje, a estrutura que deveria abrigar 192 unidades tem apenas carcaças. 

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Em nota, o procurador informou que “a responsabilidade pelos prejuízos decorrentes do atraso no término da construção, no que se refere ao Residencial Florença, em Gravataí, é exclusivamente da Caixa Econômica Federal (CEF). A Promodal já havia construído 95% da obra quando foi alijada do prosseguimento por decisão absolutamente arbitrária e desproporcional da CEF. Referida decisão da CEF, tomada ainda em 2012, restava justificada em atraso de poucos meses na conclusão das obras”. Ainda segundo a nota, “a CEF contratou outra construtora para terminar as obras, mas nunca conseguiu finalizar os prédios. (...) Não faz sentido atribuir a responsabilidade pela ausência de conclusão dos prédios em 2019 à Promodal. Há ação judicial em curso na Justiça Federal”.

Consultada, a Caixa Econômica Federal informou que, conforme previsão contratual e após reiterados atrasos para a entrega do empreendimento, a construtora retirou-se do canteiro de obras e o seguro para substituição do construtor/incorporador foi acionado.

Leia a nota da Promodal na íntegra: 

"Diante da matéria em voga, da qual infelizmente a Promodal não pode se pronunciar anteriormente à publicação, tenho a dizer, na condição de procurador da empresa, o seguinte: 

A responsabilidade pelos prejuízos decorrentes do atraso no término da construção no que se refere ao Residencial Florença, em Gravataí, é exclusivamente da Caixa Econômica Federal. A Promodal já havia construído 95% da obra quando foi alijada do prosseguimento por decisão absolutamente arbitrária e desproporcional da CEF. Referida decisão da CEF, tomada ainda em 2012, restava justificada em atraso de poucos meses na conclusão das obras. A CEF contratou outra construtora para terminar as obras, mas nunca conseguiu finalizar os prédios que até hoje, conforme bem é narrado na matéria, seguem não entregues. 

Vale dizer: a Promodal foi forçada a deixar a obra pela CEF em 2012 quando já estava quase terminando as obras (95%). Não faz sentido atribuir a responsabilidade pela ausência de conclusão dos prédios em 2019 à Promodal. 

Há ação judicial em curso na Justiça Federal na qual a Promodal demanda a CEF por conta do predito. A petição inicial segue em anexo. 

 É muito importante deixar claro o ocorrido para o seus leitores, entre os quais muitos mutuários, que devem buscar junto à CEF a compensação de seus prejuízos."



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