Notícias



Solidariedade contra o frio

Quadrados de lã produzidos por voluntárias viram mantas para instituições de caridade da Capital

Antes da pandemia, grupo de voluntárias tinha reuniões presenciais para produzir as peças. Agora, trabalho segue com cada uma em sua casa

18/07/2020 - 05h00min


Alberi Neto
Alberi Neto
Enviar E-mail
Jefferson Botega / Agencia RBS
Mine e Patrícia seguem produzindo, mas os encontros com o grupo não acontecem durante a pandemia

De quadradinho em quadradinho, voluntárias da Capital têm deixado o inverno de algumas pessoas mais quente. Criado há cerca de dois anos, o projeto Fios que Aquecem Em Quadradinhos surgiu como uma oportunidade de ajudar mulheres no aprendizado do crochê, por meio da confecção de pequenas peças que, unidas, formavam mantas.

 O Fios que Aquecem é liderado por sete voluntárias do grupo Berta Siminovich, que integra a ONG Na’amat Pioneiras Porto Alegre. A ONG é uma instituição com mais de 70 anos, formada por mulheres judaicas e que tem por objetivo fortalecer o conhecimento deste público sobre si mesmo.

Leia outras notícias do Diário Gaúcho

Antes da pandemia, ocorriam encontros presenciais todo mês, em oficinas de crochê onde eram conectados os quadradinhos produzidos em casa. Com o distanciamento social, o contato teve de se limitar às redes sociais. Mas, em dois anos de trabalho, o grupo já reúne cerca de 130 mulheres, que, agora, produzem de suas casas. É o caso da aposentada Mine Yarochewsky, 82 anos, e da auxiliar administrativa Patrícia Beal Fuentes, 42. Ambas conheceram o projeto e resolveram aplicar parte do tempo livre para ajudar na confecção das mantas.

Segurança

Apesar de o coronavírus ter afetado a proximidade da turma, a produção segue firme. Neste ano, já foram cerca de 200 mantas doadas para instituições como o Asilo Padre Cacique. Uma preocupação era a segurança de quem produz e, principalmente, de quem recebe as doações. Uma lavanderia se ofereceu para higienizar as mantar e embalá-las, permitindo uma doação segura.

Mas o grupo quer continuar trabalhando ainda mais. Com a pandemia, o ponto fixo de doações, que ficava no Shopping João Pessoa, foi fechado. Parte das voluntárias compra os rolos de lã com dinheiro próprio, mas nem todas podem fazer isso. 

Jefferson Botega / Agencia RBS
Além do tempo e da habilidade, muitas vezes, voluntárias também doam a lã utilizada

– Tem mulheres que podem ajudar com a habilidade, mas não têm condições de comprar a lã. Por isso, as doações que recebemos são distribuídas para essas pessoas, para que elas sigam trabalhando – explica a psicóloga Jane Wulff Altschieler, 51 anos, uma das criadoras do grupo.

Leia também
Venda de quadros feitos por alunos de projeto social será revertida em botijões de gás para as famílias
Campanha do agasalho de Porto Alegre é prorrogada até agosto
Moradora do bairro Azenha, na Capital, pendura máscaras para doação no portão do seu prédio

Além da doação de lã, é possível ajudar com a confecção dos quadrados – o modelo é disponibilizado nas redes do projeto –, ou com a compra de um voucher solidário no valor de R$ 10, revertido para os custos da produção.

Como ajudar

/// É possível ajudar doando novelos de lã, produzindo os quadradinhos ou comprando os vouchers solidários de R$ 10.

/// Entre em contato pelas redes sociais do projeto: Facebook.com/fiosqueaquecememquadradinhos ou pelo perfil  @fiosqueaquecem no Instagram.

/// Ainda é possível conferir o site do projeto: fiosqueaquecem.com.br


MAIS SOBRE

Últimas Notícias