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Parabéns, POA!

No dia do aniversário de Porto Alegre, conheça profissionais que ajudam a cuidar de locais que são símbolos da cidade

A gari Scheyane trabalha na Orla do Guaíba e o guarda municipal Ivan no Paço Municipal

26/03/2021 - 05h00min


Elana Mazon
Elana Mazon
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Marco Favero / Agencia RBS
Scheyane trabalha n aOrla há cerca de dois anos

Moradora da Ilha dos Marinheiros, Scheyane Zanoni Bitencourt, 28 anos, considera a Orla do Guaíba, nas proximidades da Usina do Gasômetro, um dos seus locais favoritos de Porto Alegre, cidade que completa, hoje, 249 anos. Aos domingos, quando a situação da pandemia permite, gosta de levar o filho, Emanuel, sete anos, para passear no local.

– Não é longe da minha casa e é um lugar bonito, agradável. Fazemos caminhadas, gostamos daqui. Também curto fazer exercícios nos aparelhos da praça aqui do outro lado da avenida (Praça Julio Mesquita) e levar meu filho para passeios de barco – conta.

Nas segundas-feiras, após os momentos de folga, Scheyane volta à Orla bem cedinho, a partir das 7h30min. Mas, desta vez, paramentada com calçados fechados, uniforme laranja, boné, luvas e seus instrumentos de trabalho: vassoura, pá e carrinho. Gari, ela faz parte da equipe que limpa o local há pouco mais de dois anos, e não esconde o orgulho do seu trabalho, ajudando a cuidar da cidade.

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– Trabalhar aqui é um privilégio, né? Na hora do intervalo, consigo sentar por aqui, ver o Guaíba, assistir o pessoal andando de bicicleta ou caminhando. Gosto muito – conta.

Hospitalidade

Scheyane morou boa parte da vida em Viamão. Mudou-se para a Ilha dos Marinheiros quando o filho era bebê. Logo depois, conseguiu o emprego como gari na Cootravipa, que presta serviços para o Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), na Capital. Desde então, além da Orla, também faz a varrição em locais como a Avenida Padre Cacique e o entorno da Rótula das Cuias, conforme uma escala predefinida. 

– Desde que me mudei, fui muito bem recebida. Na cidade e na empresa. O povo de Porto Alegre é muito hospitaleiro. Sinto orgulho de ajudar a cuidar da cidade – garante a gari.

Questionada se já viveu alguma situação curiosa no local, Scheyane conta que não é incomum que pessoas peçam para tirar fotos enquanto ela trabalha, com o uniforme laranja típico dos profissionais da categoria:

– São pessoas que nem conheço! Digo que pode. É como se a gente fosse um pedaço da paisagem (risos).

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O guarda do “prédio dos leões” 

Preservar o patrimônio público, assim como zelar pelas pessoas, está entre as atribuições de Ivan Marques de Oliveira, 63 anos, que é guarda municipal em Porto Alegre há 34 anos. Mas o morador do Partenon considera o contato com as pessoas como uma das coisas boas do seu trabalho.

– Já trabalhei em diversos lugares de Porto Alegre, conheço bem a cidade. Por muitos anos, trabalhei no Pam 3 (atual Pronto-Atendimento Cruzeiro do Sul). Então, o contato é direto com a comunidade – conta.

Mateus Bruxel / Agencia RBS
Ivan exalta a beleza do Paço Municipal

Há cerca de quatro anos, Ivan trabalha no Paço Municipal, na Praça Montevidéu, um dos pontos mais conhecidos do centro da Capital, quase ao lado do Mercado Público. O prédio tem quase 120 anos.

– Aqui, ajudo na entrada de funcionários e no controle da recepção. Chega muita gente pedindo informação. É um prédio lindo, né? O entorno também. As pessoas olham, ficam deslumbradas. A arquitetura muito bonita, mas muita gente não sabe o que tem dentro do “prédio dos leões” – diz ele, orgulhoso, referindo-se às esculturas na fachada.

No local, além do gabinete do prefeito, do vice e de algumas secretarias, funciona a Pinacoteca Aldo Locatelli, que reúne um acervo com quase mil obras de arte. Quando a pandemia permite, também é possível visitar os porões, que possuem espaço para exposições, e o antigo cofre do tesouro municipal.

– Antigamente, todos os impostos vinham pra esse local. Em momentos de folga, já trouxe minha família para conhecer. Tenho muito orgulho do meu trabalho e de Porto Alegre. Temos que mostrar o que é bonito – finaliza Ivan.




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