#euemeuPET
Mascotes de leitores são protagonistas de nova seção do DG; saiba como participar
Para o lançamento do espaço, conheça duas histórias de adoção
A partir de hoje, o DG contará com uma nova seção. No espaço #euemeuPET, você pode compartilhar com os leitores do DIário Gaúcho momentos especiais com seus mascotes através de fotografias. Para o lançamento da seção, apresentamos duas histórias de pessoas que optaram pela adoção a partir de encontros casuais. E também mostramos o amor pelos bichinhos que o pessoal da nossa redação tem.
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Marco e Zé: Deu match!
“Nunca baixei o Tinder, mas foi usando outro aplicativo que tive um match incrível. Moro em apartamento. Passatempo: assistir Netflix. Prefiro cerveja a vinho. Essas foram algumas das respostas sobre minha rotina e personalidade que me puseram em contato com o Zé por meio do app. Mas nossa história havia começado algumas horas antes e ele ainda se chamava Thor.
No dia 15 de abril fui até a zona sul de Porto Alegre fotografar uma ação de voluntárias para uma reportagem do Diário Gaúcho. Eu acompanhei a sessão de fotos dos cachorros do Instituto Paula Lopes que seriam cadastrados no aplicativo de adoção Na.Mosca, que conecta tutores e pets. Entre um clique e outro, brinquei bastante com os animais, mas um deles chamou mais minha atenção.
Trouxeram o Thor em cima de uma almofada. O pessoal do Instituto contou que ele perdeu o olho direito em um atropelamento. Medrosinho, ele tremia e evitava contato visual durante as fotos. Mas ainda assim, Thor juntou coragem, se aproximou de mim e pediu carinho.
Já naquela noite, baixei o aplicativo, fiz o teste e Thor foi um dos cachorros sugeridos para adoção. Foram 15 dias de consideração. Conversei com amigos, cachorreiros ou não, familiares e mapeei minha rede de apoio. Assim como ele teve coragem de me pedir carinho, decidi que era a minha vez.
Estamos juntos há um mês. Mudança de vida, mudança de nome. Deixamos de lado o deus nórdico para algo em português. Durante o tempo de preparação para recebê-lo, li uma frase do livro Ensaio Sobre a Cegueira do escritor José Saramago: “Se puderes olhar, vê. Se puderes ver, repara”. Daí o substituto “Zé” veio como homenagem ao autor.
Ele ainda carrega parte de seus medos. Nos primeiros dias sequer olhava para mim, mas com paciência, amor e muitos petiscos, agora ele já entra todo dia no meu quarto, cedo de manhã, pedindo para passear. O rabinho abanando e o barulho das patas no piso do apartamento são alguns dos sinais que renovam aquele match diariamente.”
Marco Favero, 29 anos, é repórter fotográfico do Grupo RBS
Rejeição seguida de acolhimento e companhia
Foi através de uma rede social que as histórias de Pumaira Coronel, 29 anos, e de seu marido, Gabriel Ferreira, 29 anos, se cruzaram com a da cadela Aretha. O casal de jornalistas, que já tinha o cão Bruce na família, ao ler sobre a trajetória da cachorra que buscava um novo lar, se encantou e decidiu adotá-la.
Até abril de 2020, Aretha morava em um sítio, juntamente com outros 50 cães. Ela e seus antigos companheiros caninos eram cuidados por Maria Correa Hoffmann, a dona Maria, uma senhora de 76 anos que morava na área rural de Viamão. No início do ano passado, a idosa faleceu, e uma ONG que já a acompanhava se responsabilizou por encontrar novos lares para os animais.
Foi quando teve início a construção da nova trajetória de Aretha. A cadela, ao sair do sítio, foi adotada por uma família que, passados apenas dois meses, a devolveu. É que ela é um animal mais acanhado, daqueles que brincam apenas a seu tempo. Alegaram que não se adaptou à família e, como iriam se mudar, não poderiam mais ficar com ela. Voltou para um lar temporário.
Novo lar
Ao deparar com a história do animal, enquanto navegava na internet, Pumaira se comoveu. Ela conta que cresceu rodeada por cães, na casa dos pais, em Gravataí. Quando se mudou para o apartamento onde mora hoje, no bairro Menino Deus, em Porto Alegre, teve receio de levar algum pet por não haver pátio, mas isso não durou por muito tempo.
Três anos antes da chegada da nova integrante da família, que recebeu seu nome em homenagem à cantora Aretha Franklin, Pumaira e Gabriel passeavam pelo parque Farroupilha, na Capital, quando depararam com uma feira que doava filhotes. Foi quando adotaram Bruce, o primeiro cão da casa. Alguns anos depois, em junho de 2020, receberam Aretha.
– Foi um desafio, porque, com a pandemia, ficamos com receio na parte da adaptação, de encaixar ela na rotina que já tínhamos. Ela já é um animal adulto. Mas, no fim das contas, foi mais fácil que adotar um cachorro filhote – comenta Pumaira.
Em menos de dois meses, a cadela já estava adaptada ao lar. A nova adotante comenta que, ao contrário de Bruce, uma eterna criança, Aretha é mais tranquila, mas isso não a impede de brincar e se relacionar com a família.
– Os animais fazem total diferença no ambiente da casa. A pessoa fica mais bem-humorada, pois é uma companhia que está ali. Não ficamos com aquela sensação de solidão, de estar se sentindo solitário. Para mim, é a alegria da casa ter os dois cachorros aqui – completa.
Participe
/// Para participar da seção #euemeuPET, é simples: basta enviar uma foto sua com seu mascote, uma frase fofa sobre ele, seus nomes e cidade onde moram.
/// Encaminhe as informações para o e-mail atendimento@diariogaucho.com.br ou para o WhatsApp (51) 99759-5693.
Produção: Émerson Santos