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EXPLICA AÍ 

O DG te ajuda a entender os riscos de entrar no rotativo do cartão de crédito

Em tempos de alta nos juros, todo cuidado é necessário para não ficar no vermelho.

02/07/2021 - 05h00min


Giane Guerra
Giane Guerra
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Felipe Nyland / Agencia RBS
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Você já deve ter ouvido que os juros estão subindo no Brasil. O país tem uma taxa referência chamada de Selic. O Banco Central se reúne a cada 45 dias para decidir se a mantém, reduz ou aumenta. E ela tem sido elevada porque é o mecanismo para segurar a inflação, que está em alta. Só que ela tem impacto em cascata na economia. Antes mesmo de a taxa começar a subir, os juros para consumidores já deram início a este movimento. Um dos motivos, apontam as instituições financeiras, é a alta da inadimplência.

Adivinhem qual juro sobe mais?
Aquele que já é o mais alto: o do rotativo do cartão de crédito.  A taxa média já passou de 330% ao ano. Isso significa que uma dívida atrasada no cartão mais do que quadruplica. Lembrando que essa é uma média, ou seja, há juro bem mais alto. Pesquisas apontam taxas anuais acima de 1.000%. Socorro!

Quando usamos o rotativo?
O rotativo é onde o consumidor “entra” quando não paga toda a fatura do cartão de crédito, que reúne os gastos do mês. Há a possibilidade de pagar apenas o mínimo, que inclui 15% das compras do mês, 15% daquelas que ficaram em aberto da fatura anterior, todos os encargos como juros e multas e a prestação de um eventual parcelamento.

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Se eu pagar o mínimo, sou considerado inadimplente?
Se quitar o mínimo, o consumidor não é considerado inadimplente. Por isso, ele não é “negativado” e não tem o cartão bloqueado ou cancelado. Mas, por favor, fique atento: tudo o que você deixa de pagar entra no crédito rotativo. O que significa? Que aqueles juros estratosféricos vão incidir sobre esse restante não quitado no mês, montante que vai para a fatura seguinte.

Como posso escapar dessa situação?
Há a possibilidade de você procurar o banco e pedir o parcelamento, dizendo que não conseguirá pagar a fatura daquele mês. Feito antes do vencimento, esse acordo costuma conseguir um juro menor. Importante lembrar que há cobrança de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) tanto no parcelamento, quanto no pagamento mínimo e no atraso. Explicado tudo isso, fica o reforço: tente sempre pagar toda a fatura do cartão de crédito. Com isso, você não pagará juro (e o maior do mercado!).

O cartão de crédito é vilão?
Nem sempre. Só para quem não sabe usá-lo. Para quem paga sempre na data e tudo o que gastou no mês, ele é uma ótima ferramenta. A fatura ajuda a enxergar para onde vai o dinheiro do mês, facilita o parcelamento de compras que não dão desconto à vista e também têm programas de pontos que podem ser trocados por produtos depois.


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