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"É um ano de muito trabalho", diz 1ª Prenda do Estado sobre a retomada de atividades tradicionalistas 

Carolina Ribas Martins, 24 anos, de Bagé, levou a faixa de 1ª Prenda do Estado na categoria adulta

11/10/2021 - 22h12min

Atualizada em: 13/10/2021 - 09h46min


Caroline Tidra
Caroline Tidra
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Arquivo Pessoal / Arquivo Pessoal

Um ano de retomada e de muito trabalho. É desta forma que Carolina Ribas Martins, 24 anos, de Bagé, considera seu período como 1ª Prenda do Rio Grande do Sul na categoria adulta. Ela foi escolhida na 50ª edição Ciranda Cultural de Prendas, promovida pelo Movimento Tradicionalista Gaúcho (MTG). 

Anualmente, o concurso elege as novas prendas gaúchas, em uma iniciativa muito esperada entre a comunidade tradicionalista. No entanto, devido à pandemia de coronavírus, o concurso não aconteceu no ano passado, adiando as expectativas para 2021. Com adaptações, a cerimônia de titulação ocorreu no 35 CTG, em Porto Alegre, no mês de setembro. 

Graduada em História pelo Centro Universitário da Região da Campanha (URCAMP), hoje, Carolina atua como empresária do ramo de aviamentos. Para ela, as prendas e os peões escolhidos para representar a juventude tradicionalista entre 2021 e 2022 terão muito trabalho pela frente com o retorno das atividades. 

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Carolina está preparada para a agenda tradicionalista

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– Esse ano é um ano bem importante porque estamos retomado. Antes, estava tudo de forma online. É um ano de muito trabalho e os jovens vão se fazer bastante presentes para auxiliar os CTGs, pois esperamos que tudo se normalize – afirma a prenda. 

Decisões pontuais sobre eventos e atividades, Carolina explica que serão discutidas no Congresso Tradicionalista Gaúcho, no final de outubro. 

Preparação

Por influência do padrasto, que é professor de dança tradicionalista, Carolina começou a participar de invernadas no CTG com 15 anos. 

– Eu me interessei por essa parte dos concursos de prenda, no meu CTG. Participei aos 16 anos de concurso interno da minha entidade na época. E fui por duas vezes 2ª prenda da 18ª Região Tradicionalista.  

Para concorrer à faixa na Ciranda Cultural de Prendas, Carolina afirma que a preparação requer dedicação. 

– Envolve tanto a parte dos estudos para a prova teórica, que engloba história e geografia do Rio Grande do Sul, além de tradição, tradicionalismo e folclore. E enquanto prenda também desenvolvemos projetos que valorizam a nossa cultura. A preparação começou quando eu recebi a faixa de prenda do CTG Pampa e Minuano e, depois, se intensificou quando conquistei a faixa de primeira prenda da 18ª Região Tradicionalista. Por causa da pandemia, fiquei dois ano no cargo, que me trouxe frutos e bons resultados – explica.

Destaque para ações sociais

Para respeitar as regras de distanciamento e proteção contra o coronavírus, este ano, o concurso não contou com a etapa de apresentações artísticas, que normalmente reúnem o público.  

– A organização optou por fazer somente a prova escrita e também o relatório de atividades, que são os projetos que desenvolvidos em cada região – esclarece Carolina. 

Como destaque para um ano que dificultou atividades em grupo e no CTG, Carolina relembra de projetos, atribuição que as prendas desenvolvem, que envolveram ações sociais, direcionadas para pessoas em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia. 

– Eu acho que fez a gente ter um olhar diferente, despertou nosso lado mais humano e de prestar atenção no próximo – afirma. 

O resultada da escolha da prenda que representará o tradicionalismo no Estado foi uma surpresa, como recorda a jovem:

– Eu não esperava. Foi muito emocionante, pois era um sonho e o momento foi algo muito especial, ainda mais por todo esse tempo sem ver as pessoas. 

A gestão das prendas, escolhidas em setembro, deve seguir até a 51ª Ciranda Estadual de Prendas, prevista para maio de 2022, que será realizada em Bagé, a Rainha da Fronteira.

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